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Nasa luta para salvar o telescópio sucessor do Hubble

Deputados americanos querem cancelar o projeto de construção do James Webb Telescope por causa de gastos que já passam 6,5 bilhões de dólares

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h06 - Publicado em 10 jul 2011, 17h17

A agência espacial americana está brigando para salvar o observatório espacial que vai substituir o famoso telescópio Hubble: o James Webb Space Telescope, um dos mais audaciosos, complexos – e caros – projetos astronômicos da Nasa. Deputados americanos querem por um fim à gastança do projeto mesmo com os bilhões de dólares já gastos.

O James Webb está previsto para ser lançado ao espaço em 2016 para substituir o telescópio Hubble. O famoso observatório espacial, que já está há 21 anos em órbita registrando belíssimas imagens do universo, não é capaz de enxergar longe o suficiente para captar os primeiros momentos após a criação do cosmo. O problema seria resolvido com o lançamento do James Webb Space Telescope, dizem os cientistas.

Problemas – O problema é que o custo do novo observatório espacial subiu de um custo estimado em 1,6 bilhão de dólares para mais de 6,5 bilhões. Gasta-se tanto dinheiro com o telescópio que o orçamento de outros projetos espaciais foram cancelados. O periódico britânico Nature afirma que o James Webb é “o telescópio que comeu a astronomia”. Por causa da escalada nos gastos do novo observatório, a comissão de comércio, justiça e ciência da Câmara dos Deputados dos EUA, quer cancelar o projeto retirando 1,9 bilhão de dólares do orçamento da Nasa para 2012.

De acordo com os deputados americanos o projeto ultrapassou bilhões de dólares do orçamento inicial e está sendo mal administrado. A decisão ainda precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado americano. Contudo, isso quer dizer que o telescópio agora vai enfrentar uma batalha para sobreviver.

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Complexo – Em desenvolvimento há sete anos, astrônomos consideram o James Webb como peça-chave para a ciência espacial das próximas duas décadas. Por ter um espelho quase três vezes maior que o do Hubble e orbitar no espaço profundo, bem longe da atmosfera da Terra, James Webb seria capaz de fazer observações com uma precisão nunca antes alcançada.

É essa precisão que traria à Terra imagens das primeiras galáxias e estrelas que habitaram o universo. Engenheiros afirmam que o aumento nos gastos se deve à complexidade do projeto. O novo telescópio vai captar principalmente radiação infravermelha pois a maioria dos objetos que interessam aos astrônomos emitem luz nessas faixas de onda. A tarefa, contudo, não é fácil.

O telescópio precisa ser protegido da radiação emitida pela Terra e pelo Sol, para que elas não interfiram nas medições. Da mesma forma, toda a estrutura do James Webb precisa ser resfriada de modo que o próprio calor do telescópio não interfira com a luz infravermelha e ele precisa ficar em um lugar muito distante de onde astronautas conseguem alcançar. O cancelamento do projeto também afetaria outros países que gastaram tempo e – muito – dinheiro desenvolvendo componentes para o telescópio, como o Mid-Infrared Instrument (Miri), um projeto feito em parceria entre americanos e europeus.

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