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Ig Nobel premia estudo sobre escorregão em casca de banana

O prêmio, concedido há 24 anos pela revista Anais da Pesquisa Improvável, tem como premissa honrar pesquisas que primeiro fazem rir e depois pensar

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h10 - Publicado em 19 set 2014, 10h42

Japoneses que descobriram o “coeficiente de fricção da casca de banana” ao ser pisada e espanholas que propõem fabricar salsichas nutritivas com excrementos de bebês foram alguns dos cientistas premiados nesta quinta-feira com o Nobel “alternativo”, uma sátira do prêmio original, na Universidade Harvard, nos Estados Unidos. O prêmio, concedido há 24 anos pela revista Anais da Pesquisa Improvável, tem como premissa honrar pesquisas que primeiro fazem rir e depois pensar. Nessa linha, nem tudo é esdrúxulo, mas certamente é curioso. É o caso da pesquisa que investigou se é mentalmente perigoso para um ser humano ter um gato. O trabalho, que ganhou o Ig Nobel de Saúde Pública, tinha um propósito sério: analisar os riscos de contaminação por toxoplasmose. Outras pesquisas, porém, são graça pura. Em Física, por exemplo, o prêmio foi para os japoneses Kiyoshi Mabuchi, Kensei Tanaka, Daichi Uchijima e Rina Sakai, por medirem a quantidade de fricção entre o sapato e a casca de banana e entre esta e o chão quando uma pessoa pisa.

Em Nutrição, o prêmio ficou com as espanholas Raquel Rubio, Anna Jofré, Belén Martín, Teresa Aymerich e Margarita Garriga por seu estudo intitulado “Caracterização da bactéria do ácido lático isolado de excrementos de bebês como cultivo de potencial alimento probiótico para salsichas fermentadas”. Em Economia, o prêmio foi para o Instituto Nacional de Estatística italiano por “assumir a liderança e cumprir com a instrução da União Europeia para que cada país aumente o tamanho oficial da economia nacional incluindo a renda proveniente da prostituição, da venda de drogas ilegais, do contrabando e de outras transações financeiras ilícitas”.

O prêmio de Ciência Ártica foi ganho por Eigil Reimers e Sindre Eftestol, da Noruega e da Alemanha respectivamente, por “mostrarem como reage uma rena ao ver humanos disfarçados como ursos polares”. Os pesquisadores receberam com bom humor a honraria. Munidos com ursinhos de pelúcia, mostraram imagens de si mesmos fantasiados, apesar de reconhecerem que não se pareciam muito com um urso.

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Torradas e cachorros – Em Neurociência, os premiados foram pesquisadores de Canadá e China por um estudo que tentou entender o que acontece no cérebro de pessoas que dizem ver a face de Jesus em um pedaço de torrada. Se nada mais der certo, brincou o chinês Kang Lee, é possível comprar uma torradeira com a cara de Jesus no eBay. Destaque também para o trabalho que documentou “cuidadosamente” – como destacaram os organizadores da premiação – o posicionamento de cachorros quando eles fazem xixi ou cocô. Segundo Vlastimil Hart e colegas da República Checa e da Alemanha, na hora de fazer suas necessidades fisiológicas, os animais alinham o eixo do corpo com as linhas do campo geomagnético norte-sul da Terra. Em Psicologia, Peter Jonason (Austrália), Amy Jones (Reino Unido) e Minna Lyons (EUA) foram reconhecidos por “reunirem evidências de que as pessoas que normalmente ficam acordadas até tarde são, geralmente, mais narcisistas, manipuladoras e psicopáticas do que as pessoas que costumam a se levantar cedo”.

Uma das curiosidades da cerimônia é que os prêmios são entregues por verdadeiros premiados com o Nobel. Estiveram presentes nesta edição Martin Chalfie (Prêmio Nobel de Química em 1998), Eric Maskin (Economia, 2007) e Carol Greider (Medicina, 2009), entre outros. Ao todo foram entregues 10 prêmios. O “troféu” era um prato com um frasco de pílulas Acme, em referência aos desenhos do Papa-léguas.

(Com Agência France-Presse e Estadão Conteúdo)

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