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Harvard reabre discussão sobre rebaixamento de Plutão à categoria de ‘planeta anão’

Decisão foi tomada em 2006, quando 2.500 especialistas se reuniram e estabeleceram uma nova definição universal do que seria considerado um planeta

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h09 - Publicado em 1 out 2014, 12h45

Plutão foi rebaixado há oito anos à categoria de “planeta anão”. Agora, o status desse corpo celeste renasceu no Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica (CfA), nos Estados Unidos. “Queríamos que as pessoas voltassem a falar sobre isso”, afirmou a especialista em Relações Públicas da instituição, Christine Pulliam, ao ser perguntada por que um dos centros mais destacados em astrofísica voltava a discutir a descaracterização do planeta como tal.

Em 2006, mais de 2.500 especialistas de 75 países se reuniram em Praga, na União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês), e estabeleceram uma nova definição universal do que seria considerado um planeta. Esta definição distinguiu oito planetas “clássicos” que giravam em órbitas ao redor do Sol e deixava de fora corpos “anões”, como Plutão, que ficou no mesmo nível que os mais de 50 corpos que giram em torno do Sol no cinturão de Kuiper.

Porém, oito anos depois e a menos de um ano para que aconteça a Assembleia Geral da União Astronômica Internacional (IAU), em Honolulu (Havaí, Estados Unidos), o Centro Harvard-Smithsonian voltou a abrir o debate. Para isso, convidou três especialistas com opiniões diferentes. O historiador cientista Owen Gingerich, que presidiu o comitê de definição de planetas da IAU, defendeu o status de Plutão como planeta de um ponto de vista histórico e argumentou que “um planeta é uma palavra culturalmente definida que muda com o tempo”.

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O ponto de vista contrário foi defendido pelo diretor associado do Centro de Planetas Menores, Gareth Williams, que apoiou a exclusão de Plutão e definiu os planetas como “corpos esféricos que orbitam ao redor do sol e que limparam seu caminho”, ou seja, que tiraram de sua órbita outros astros – o que Plutão não foi capaz de fazer. Por sua vez, o diretor da Iniciativa Origens da Vida de Harvard, Dimitar Sasselov, argumentou que um planeta é “a massa menor esférica da matéria que se forma ao redor das estrelas ou restos estelares”, o que, segundo sua opinião, devolve Plutão ao clube planetário.

No final das conferências, o público votou a favor do retorno do antigo nono planeta do Sistema Solar a essa condição. Desde seu descobrimento, em 1930, pelo americano Clyde Tombaugh, Plutão foi objeto de disputas, sobretudo devido a seu tamanho, muito menor que o da Terra, e inclusive que o da Lua.

(Com Agência EFE)

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