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Gentileza tem fundamentos genéticos, sugere estudo

Comportamento estaria relacionado com gene receptor do hormônio ocitocina, envolvido na atração sexual e em sentimentos como união e empatia

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h54 - Publicado em 14 nov 2011, 18h52

A gentileza e o carinho estão relacionados com determinados genes e podem ser rapidamente identificadas por estranhos, afirma um estudo publicado nos Estados Unidos. A variação está relacionada com o gene receptor da ocitocina, também conhecido como “hormônio do amor”, que costuma se manifestar nas relações sexuais e incita união e empatia.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Thin-slicing study of the oxytocin receptor (OXTR) gene and the evaluation and expression of the prosocial disposition

Onde foi divulgada: Proceedings of the National Academy of Sciences

Quem fez: Aleksandr Kogan (coordenador), Laura R. Saslowb, Emily A. Impetta, Christopher Oveisc, Dacher Keltnerd e Sarina Saturne

Instituição: Oregon State University, EUA

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Dados de amostragem: 23 casais

Resultado: Pessoas com uma determinada variação no gene receptor do hormônio ocitocina foram geralmente consideradas mais sociáveis, confiáveis e amorosas.

Cientistas da Universidade Estadual de Oregon desenvolveram um experimento no qual 23 casais, cujos traços genéticos eram conhecidos dos pesquisadores, mas não de observadores, foram filmados. Pediu-se a um dos membros do casal que contasse ao outro sobre um período de sofrimento de sua vida. Os observadores deviam observar o ouvinte por 20 segundos, com o som desligado.

Na maior parte dos casos, os observadores conseguiram identificar quem tinha o “gene da gentileza” e quem não tinha, revelou a pesquisa, cujos resultados foram publicados na edição desta semana do periódico Proceedings of the National Academy of Sciences.

“Nossas descobertas sugerem que até mesmo a variação genética mais sutil pode ter impacto tangível no comportamento das pessoas e que estas diferenças comportamentais são rapidamente notadas pelos demais”, explicou o principal autor do estudo, Aleksandr Kogan, estudante de pós-doutorado da Universidade de Toronto.

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Nove entre 10 pessoas consideradas “menos confiáveis” pelos observadores neutros tinham a versão A do gene, enquanto 6 dos 10 considerados os “mais pró-sociais” tinham o genótipo GG. Os participantes da pesquisa foram testados antecipadamente e identificados como detentores dos genótipos GG, AG ou AA para a sequência de DNA do gene receptor de ocitocina (OXTR).

As pessoas com genótipo GG foram geralmente consideradas mais sociáveis, confiáveis e amorosas. As dotadas dos genótipos AG ou AA tenderam a dizer que se sentiam menos confiantes de modo geral e tinham menor sensibilidade parental. Pesquisas anteriores demonstraram que estes indivíduos também apresentavam um risco mais elevado de desenvolver autismo.

“Nosso estudo questionou se estas diferenças são rapidamente detectáveis por estranhos – e os resultados demonstram que sim”, explicou Kogan. Ainda assim, nenhum traço genético pode prever totalmente o comportamento de uma pessoa, e é necessário fazer mais pesquisas para descobrir como esta variação afeta a biologia comportamental.

(Com Agência France-Presse)

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