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Organismos podem se adaptar a oceano mais ácido, defende pesquisa

Estudo conseguiu mostrar, pela primeira vez, adaptações evolutivas em fitoplânctons para diminuir impactos gerados pelo aumento da acidez da água

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h40 - Publicado em 9 abr 2012, 18h46

Um estudo realizado por pesquisadores do Helmholtz Centre for Ocean Research Kie (Geomar), na Alemanha, mostrou, pela primeira vez, que organismos unicelulares podem sofrer adaptações para reduzir os efeitos gerados pelo aumento da acidez das águas dos oceanos. Os resultados foram publicados nesta segunda-feira na revista Nature Geoscience.

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ACIDIFICAÇÃO DO OCEANO

O gás carbônico (CO2), ao se dissolver na água, combina-se com o hidrogênio, formando ácido carbônico (H2CO3). Essa alteração química reduz o pH da água e consequentemente aumenta seu nível de acidez.

O processo de acidificação é ocasionado pelo crescimento de dióxido de carbono (CO2) no ar, liberado na queima de combustíveis fósseis. O CO2, ao se dissolver na água, se combina a átomos de hidrogênio e é transformado em ácido carbônico (H2CO3), provocando aumento da acidez da água. Estudos anteriores já haviam mostrado que essa alteração química afeta fitoplânctons e organismos como moluscos e corais (todos possuem placas de cálcio no organismo).

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Para realizar o experimento, pesquisadores do Geomar utilizaram amostras de Emiliania huxleyi, organismos unicelulares encontrados em grande abundância no mar.

Os cientistas fizeram um comparativo entre dois grupos desse fitoplâncton, um deles cultivado em ambiente de elevada concentração de CO2 e outro em condições normais. Após um ano, período em que foram originadas 500 novas gerações, os dois grupos foram submetidos a altas concentrações de CO2. Os cientistas observaram então que os dois grupos sofreram redução no processo de calcificação. Mas a redução foi menor nas gerações cultivadas em ambiente com mais CO2, que conseguiram manter uma mais de taxa de calcificação 50% maior. Com isso, os pesquisadores acreditam ter demonstrado que houve um processo de adaptação evolutiva.

Os estudiosos defendem que o processo de evolução pode ajudar na manutenção da base da teia alimentar marinha mesmo com as alterações ambientais. “Com esse estudo nós mostramos, pela primeira vez, que processos evolutivos podem ter um papel importante em mudanças climáticas em escalas relevantes de tempo e assim diminuir os efeitos negativos gerados pela acidificação dos oceanos”, explica Thorsten Reusch, um dos biólogos responsáveis pela pesquisa.

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