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Filmes com cachorros influenciam mercado de pets por até dez anos, diz estudo

Pesquisa mede impacto de produções como 'Lassie' e '101 Dálmatas'

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h10 - Publicado em 10 set 2014, 21h55

Como se pode intuir, filmes com cachorros, como Lassie e 101 Dálmatas, influenciam os espectadores na escolha de seus próprios pets. Um estudo publicado nesta quarta-feira no periódico Plos One quantificou essa influência para 87 produções e mostrou que as raças dos animais que aparecem nas telas são mais vendidas até dez anos depois da estreia do filme.

Os pesquisadores mediram o impacto do lançamento dos filmes a partir de dados do American Kennel Club, que registra a genealogia de mais de 65 milhões de cachorros nos Estados Unidos. Eles concluíram que o sucesso no cinema está frequentemente associado a um aumento de popularidades de uma raça por períodos de um a dez anos.

Lassie – O clássico A Força do Coração (Lassie Come Home, de 1943), um dos filmes da Lassie, provocou em dois anos um aumento de 40% nos registros de collies, a raça da protagonista. Ainda mais extremo foi o efeito causado por Felpudo, o Cão Feiticeiro (The Shaggy Dog, 1959): o longa da Disney fez aumentar em 60% os registros do old english sheepdog em uma década.

Juntos, a pesquisa atribui aos dez filmes mais influentes o registro de 800.000 cachorros das raças retratadas na tela ao longo de dez anos. “Nós nos concentramos nas mudanças de popularidade, e não na popularidade em si, para evitar atribuir aos filmes algo que já estava acontecendo antes de seu lançamento”, explica Stefano Ghirlanda, professor do departamento de psicologia da Brooklyn College, nos Estados Unidos, e principal autor do estudo.

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Popularidade em queda – A equipe também detectou uma diminuição da influência dos filmes ao longo do século – títulos mais antigos são associados com mudanças maiores do que os recentes. Os pesquisadores acreditam que isso se deve a um aumento da disputa do cinema com a televisão e, mais recentemente, a internet, assim como a uma maior competição entre os filmes. Até meados de 1940, havia menos de um longa por ano com a participação de um cachorro. Em 2005, eles estrearam mais de sete filmes.

Os autores concluíram também que a popularidade das raças caninas não está relacionada ao temperamento ou à saúde do animal. Ao contrário, os pesquisadores identificaram que as raças mais populares entre aqueles que são influenciados pelo cinema têm um maior número de doenças hereditárias, o que pode induzir ao maltrato ou abandono dos bichos. “A escolha de um pet não deve ser feita como a escolha de uma roupa”, diz Alberto Acerbi, professor do departamento de Arqueologia e Antropologia da Universidade de Bristol, na Inglaterra, e um dos autores do estudo.

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