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Estudo explica como as asas das aves podem ter surgido

Segundo a pesquisa, uma mudança na proporção dos membros em relação ao tamanho do corpo dos dinossauros teria possibilitado o surgimento de asas

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h17 - Publicado em 19 set 2013, 12h03

A teoria mais aceita atualmente pelos pesquisadores sobre a origem das aves afirma que elas se desenvolveram a partir de um grupo de pequenos dinossauros terópodos, há cerca de 150 milhões de anos. Porém, a maneira como seus membros anteriores evoluíram e se transformaram em asas, possibilitando o voo, ainda não era conhecida pelos pesquisadores.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Body and limb size dissociation at the origin of birds: uncoupling allometric constraints across a macroevolutionary transition

Onde foi divulgada: periódico Evolution

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Quem fez: T. Alexander Dececchi e Hans C. E. Larsson

Instituição: Universidade McGill, no Canadá, e Universidade da Dakota do Sul, nos EUA

Resultado: Concluiu-se que as asas das aves surgiram graças a uma mudança na proporção dos membros nos dinossauros terópodes

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Para responder essa questão, pesquisadores da Universidade McGill, no Canadá, analisaram dados de diversos fósseis dos ancestrais desses animais. Eles concluíram que as asas surgiram graças a uma mudança na proporção dos membros nos dinossauros que originaram as aves.

No estudo, publicado na edição de setembro do periódico Evolution, os autores descrevem que, entre os dinossauros carnívoros, o comprimento dos membros apresentava uma proporção relativamente estável em relação ao tamanho o corpo. Essa proporção se mantinha tanto no imenso Tiranossauro Rex quanto nos pequenos terópodos com penas.

Porém, uma alteração nessa proporção pode ter permitido o surgimento das aves e da capacidade de voo desses animais. Os membros anteriores se alongaram, tornando-se compridos o bastante para servirem como um tipo de aerofólio – uma peça de sustentação aerodinâmica. Combinado com o encolhimento dos membros traseiros, esse processo ajudou a melhorar o controle de voo nos pássaros primitivos. Além disso, pernas menores teriam ajudado a diminuir a resistência gerada pelo atrito com o vento, e também permitido às aves pousar e se mover em pequenos galhos.

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Essa combinação entre asas melhores e pernas compactas teria sido essencial para a sobrevivência das aves em um momento em que outro grupo de répteis voadores, os pterossauros, dominava o céu e competia por alimento.

“Nossas descobertas sugerem que as aves passaram por uma mudança abrupta em seus mecanismos de desenvolvimento”, afirma Hans Larsson, pesquisador da Universidade McGill. Segundo ele, mudanças na proporção de membros em relação ao tamanho do corpo de um animal geralmente indicam uma mudança funcional ou de comportamento – como é o caso dos braços relativamente curtos e pernas longas nos humanos.

“Pode ser que este fato seja o que permitiu que as aves se tornassem mais do que apenas outra linhagem de dinossauros e se expandissem para a grande variedade de formas e tamanhos de membros que existem de hoje”, afirma Alexander Dececchi, coautor do estudo.

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Saiba mais

TERÓPODOS

Os terópodos eram todos predadores carnívoros bípedes, e tinham aqueles ‘bracinhos’ característicos dos Tiranossauros, e, geralmente, garras e dentes afiados. Apesar do tiranossauro estar extinto, tecnicamente os terópodos ainda existem, já que as aves são descendentes de pequenos terópodos, como o Archaeopteryx, um pequeno dinossauro emplumado do tamanho de um pombo. “Acredite: o beija-flor é um dinossauro terápode tanto quanto um Tiranossauro rex”, afirma o paleontólogo Luiz Eduardo Anelli em seu livro O Guia Completo dos Dinossauros do Brasil.

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