Coelhinhos da Páscoa acabam abandonados
Fundadora do projeto Adote Um Orelhudoconta que, só na Páscoa do ano passado, recolheu 30 coelhos abandonados em apenas dois parques de Florianópolis
A ativista animal Sabine Fontana sente até arrepio quando ouve a palavra “coelhinhos” nesta época do ano. Fundadora do projeto Adote Um Orelhudo, Sabine conta que, só na Páscoa do ano passado, recolheu 30 coelhos abandonados em apenas dois parques de Florianópolis, onde mora.
Ela diz que os animais em geral são dados às crianças por pais que acham mais autêntico brincar com eles vivos do que com modelos de pelúcia ou plástico. Indignada, ela afirma que não existe a intenção de dar ao filho um lastro afetivo com o animal, mas simplesmente um “brinquedo”. “As pessoas não têm ideia de como criar um coelho. Acabou a festa, a criança não quer mais saber de brincar com ele, os pais acham que faz sujeira… então a maior parte se livra deles”, explica a ativista.
Munida de uma faixa com os dizeres “Animais não são produtos ou mercadorias, não os compre, não os use”, ela rumou pelo menos sete vezes nas últimas semanas para a porta de uma empresa agropecuária no centro da capital catarinense. “A reação das pessoas é muito boa. Alguns dizem que percebem que é realmente um absurdo tratar um coelho como se fosse um objeto”, conta ela, que foi acompanhada em suas manifestações por ativistas independentes que se conheceram em sites como Orkut e Facebook.
(Com Agência Estado)