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Cientistas registram maior buraco na camada de ozônio acima do Ártico

Estudo da Nasa registra diminuição de 80% do gás que protege o planeta da radiação solar. Noruega, Rússia e Groenlândia foram os países mais afetados pelos raios, que podem causar câncer de pele e cataratas

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h58 - Publicado em 3 out 2011, 11h27

Pela primeira vez, a destruição da camada de ozônio no Ártico foi tão grande que cientistas registraram um “buraco” semelhante ao da Antártida. Cerca de 80% do gás que protege o Polo Norte da radiação ultravioleta foi perdido. Partes da Groenlândia, Rússia e Noruega ficaram mais expostas à radiação, que pode desencadear muitas doenças, como câncer de pele e cataratas. O estudo foi realizado por pesquisadores da Nasa e publicado no periódico Nature.

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CAMADA DE OZÔNIO

A camada de ozônio é um escudo gasoso que envolve o planeta Terra. Fica localizado na alta atmosfera do planeta, entre 16 e 30 quilômetros de altitude. A camada de ozônio protege a superfície da Terra dos raios ultravioleta vindos do Sol e outras fontes do universo. Essa radiação pode desencadear muitas doenças, como câncer de pele e cataratas.

“BURACO” NA CAMADA DE OZÔNIO

O “buraco” na camada de ozônio é, na verdade, uma diminuição periódica na densidade do ozônio. É um evento cíclico que se intensifica durante o inverno, principalmente nos polos: as baixas temperaturas criam a condição ideal para que os compostos químicos já lançados à atmosfera destruam o ozônio.

GASES CFC

O clorofluorcarbono é um composto baseado em carbono, cloro e flúor, responsável pela redução da camada de ozônio. Era usado em aerossóis e gases para refrigeração. Seu uso está banido em vários países.

A diminuição do ozônio não ocorreu porque as indústrias estão lançando mais gases nocivos à camada que protege o planeta. Atualmente essas substâncias são raramente usadas. Os pesquisadores registraram entre dezembro de 2010 e abril de 2011 uma combinação de ventos fortes e frio intenso e contínuo na alta atmosfera acima do Ártico, algo que nunca havia acontecido. De acordo com o estudo, raramente as condições atmosféricas acima do Ártico causam um buraco na camada de ozônio.

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Esses fatores criaram as condições certas para que substâncias já presentes na alta atmosfera da Terra – como os gases CFC – causassem danos à camada de ozônio. A luz do Sol quebra esses compostos em formas mais simples que reagem com o ozônio, diminuindo sua densidade na camada.

As nações já chegaram a um acordo para acabar com a produção desses químicos, mas vai demorar até que a indústria se adapte. Mesmo com a redução das emissões de gases nocivos à camada de ozônio, os que já foram lançados permanecem na alta atmosfera por décadas.

Os pesquisadores alertam que o grande buraco acima do Ártico pode se tornar um evento anual e se espalhar para outros países. Isso porque as temperaturas baixas na alta atmosfera podem continuar durante os futuros invernos no Hemisfério Norte. Se isso acontecer, a diminuição do ozônio acima do Ártico poderá ocorrer com uma frequência que não dará tempo suficiente para a camada se recuperar.

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