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Rita Lee embala troca de corpos em ‘Se Eu Fosse Você – o Musical’

Espetáculo que estreia nesta sexta-feira no teatro Oi Casagrande consegue repetir a 'mágica' da inversão de papéis dos dois filmes campeões de bilheteria

Por Patrícia Villalba, do Rio de Janeiro
21 mar 2014, 11h39

“Estou me sentindo o próprio Tony Ramos”, diz a Helena presa no corpo de Claudio. Na sequência, ouve-se a gargalhada dele, o próprio Tony, na plateia do ensaio-geral de Se Eu Fosse Você – O Musical, na última quinta-feira, no teatro Oi Casagrande, no Leblon. “Passou um filme na mente da gente”, disse Tony ao site de VEJA após o primeiro ato, emocionado ao lado de Glória Pires, parceira nos longas-metragens dirigidos por Daniel Filho em 2006 e 2009.

Juntos, os dois filmes levaram mais de 9 milhões de pessoas aos cinemas e se desdobraram num seriado estrelado por Paloma Duarte e Heitor Martinez exibido pela Fox no ano passado. Desta vez, no espetáculo que estreia nesta sexta-feira, Helena e Cláudio, o casal que troca de corpos durante uma briga, são interpretados por Claudia Netto e Nelson Freitas. “Não tenho nenhum ciúme dos meus personagens. Pelo contrário, é ótimo ver boas histórias sendo recontadas”, observou Tony.

Após mais de dois meses de ensaios, Nelson e Cláudia conseguem repetir a maior virtude do filme. É que o mais engraçado em Se Eu Fosse Você não é ver Tony interpretando uma mulher, mas Tony interpretando Glória, e vice-versa. “Eu não conhecia a Cláudia além de ‘obas e olás’, mas a gente teve uma empatia imediata, talvez porque soubéssemos que essa ligação era necessária para que um pudesse beber mais na fonte do outro. Não somos apenas uma mulher no corpo de um homem e um homem no corpo de uma mulher – eu faço a mulher que a Cláudia concebeu como Helena, e ela faz o que eu concebi para o Cláudio”, detalha o ator. “Aqui, a gente não tem a câmera de cinema para detalhar um suspiro, uma emoção. Então nos valemos de alguns ‘truques sujos’, como bordões que, usados após a troca de corpos, dão a ideia de mudança. É um ajuste fino, a cada momento você vai conseguindo entender e traduzir o outtro.

Apesar de a comédia lidar o tempo todo com os estereótipos da guerra dos sexos, o diretor e coreógrafo Alonso Barros trabalhou pela sutileza nas interpretações. “Precisávamos de uma representação delicada, e tomamos muito cuidado porque tudo aqui poderia virar um estereótipo, com ele parecendo uma bichona e ela, uma machona. Começamos com os exageros e fomos apurando, para que os dois se percebessem. Todos os dias a gente está na vigília”, explica.

O roteiro do musical, assinado por Flávio Marinho e supervisionado por Daniel Filho, funde personagens e reproduz cenas emblemáticas dos filmes. Fafy Siqueira é Vivinha, a mãe de Helena que no filme foi interpretada por Glória Menezes, e Lua Blanco é a filha do casal, Bia. Há, por exemplo, o momento em que Cláudio, já no corpo de Helena, pede à mulher: “Não rebola!”; e aquele em que o marido rege o coral no lugar de Helena. “Eu estava curiosa para saber como eles resolveriam algumas situações, já que um filme tem uma narrativa muito diferente de um musical”, comparou Glória.

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Com boa agilidade, as cenas são interligadas por 25 músicas de Rita Lee. Claro que não faltam grandes sucessos como Ovelha Negra e Baila Comigo, mas há ainda boas surpresas, como Ando Jururu. Dessa forma, a produção de 8 milhões de reais se insere na nova fase dos musicais brasileiros, baseada nos clássicos da MPB. “Primeiro, adaptamos obras da Broadway. Agora, estamos resgatando a música brasileira em roteiros originais. Em breve, chegaremos aos roteiros originais com músicas inéditas”, disse Alonso Barros.

O espetáculo faz parte da trilogia Uma Aventura Brasileira, da produtora Aventura Entretenimento, que começou com Elis, a Musical, agora em cartaz em São Paulo, e seguirá com Velho Guerreiro, o Musical, sobre a vida do apresentador Chacrinha e previsto para setembro. Rita Lee ainda é estrela de outro musical, Rita Lee Mora ao Lado, dirigido por Márcio Macena e Débora Dubois e protagonizado por Mel Lisboa, com estreia marcada para 4 de abril. “Para mim, o grande valor de um espetáculo baseado em Tim Maia ou Elis Regina é trazer uma fase muito boa da música brasileira para a nova geração conhecer. O teatro perdeu essa nova geração, a média de idade dos frequentadores está muito alta. Precisamos resgatar os jovens e os musicais são um bom caminho.”

Serviço:

Se eu Fosse Você – o Musical

Teatro Oi Casa Grande: Rua Afrânio de Melo Franco, 290, Leblon.

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Dias e horários: 5ª, às 17h e 21h , 6ª, às 21h; sábado, às 17h e 21; domingo, às 19h.

Telefone: 2511- 0800

Preço: 5ª (primeira sessão): R$ 40 (balcão setor 3); R$ 70 (balcão setor 2); R$ 110 (plateia setor 1) e R$ 140 (camarote e plateia vip); 5ª (segunda sessão): R$ 50 (balcão setor 3); R$ 80 (balcão setor 2); R$ 120 (plateia setor 1) e R$ 150 (camarote e plateia vip); 6ª: R$ 60 (balcão setor 3); R$ 90 (balcão setor 2); R$ 130 (plateia setor 1) e R$ 160 (camarote e plateia vip); sáb e dom., R$ 70 (balcão setor 3); R$ 100 (balcão setor 2); R$ 150 (plateia setor 1) e R$ 180 (camarote e plateia vip).

Duração: 2h30 (com intervalo de 15 min).

Classificação etária: 12 anos.

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Até 20 de julho

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