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Público do ‘BBB 13’ não tolera a arrogância

Saída de Yuri elimina, entre os participantes, a sensação de que os veteranos estão em vantagem. Pedro Bial põe os BBBs para refletir

Por Emylinn Lobo, do Rio de Janeiro
6 fev 2013, 15h32

A saída de Yuri do BBB 13 levou o apresentador Bial a refletir sobre o papel dos veteranos no programa. Considerados favoritos – e portando-se como tal – os participantes mais experientes foram caindo um a um. Primeiro, Kléber Bambam pediu para sair. Dhomini, que chegou a dominar a primeira semana de jogo, foi expulso pelo público. E Yuri acabou fulminado no primeiro paredão triplo da 13ª edição. A coisa se inverteu: os veteranos, vistos anteriormente como senhores da arte de participar do BBB, passaram a bajular os novatos, e a tentar reescrever suas histórias no programa. “Quero conhecer tudo e todos. Cheguei hoje, igual à Marien”, disse Fani após tentar entender nas entrelinhas o que disse Pedro Bial e sem imaginar que recebeu menos de 10% dos votos no paredão triplo.

Leia: Com 45,68% dos votos, Yuri é eliminado do ‘BBB13’

O mais surpreso com o resultado era o próprio Yuri. Visivelmente desconcertado, ele deixou claro que considerava-se o vencedor do BBB 13. Bom para o programa. É inegável que Boninho acertou e conseguiu atrair mais olhares para o 13º Big Brother Brasil ao eleger seis ex-participantes, os principais de suas edições, para voltarem para a casa. Rapidamente eles se tornaram os protagonistas do show, muito antes do prazo necessário para o público entender quem é quem no BBB.

Passado o primeiro mês, o público manda um recado: até assiste a histórias repetidas, mas tem uma tolerância que não pode ser subestimada. Desde o início do programa, foi dado aos novatos o papel de figurantes. Já na estreia do reality, a apresentação dos calouros foi espremida no grande mistério de revelar quem seriam os veteranos. A eles, restou aceitar e tentar, com o passar dos dias, conseguir mais espaço na trama. A tarefa não está difícil, afinal, a eliminação é decidida por rejeição. Quem não aparece não incomoda.

Antes da eliminação, Bial era categórico quanto à sensação de favoritismo dos regressados: “Aos novatos é até perdoável o pecado de se acreditar invulnerável, invencível, predestinado a vencer, o eleito. Um veterano se comportando assim é, no mínimo, embaraçoso. Afinal, se já perdeu uma vez, será que não aprendeu?”, criticou, com a tradicional mensagem que os BBBs – e uma parte desavisada do público – leva para o travesseiro, como se fosse lição de vida.

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Yuri começou a sua derrocada no BBB13 assim como no ano anterior: com atitudes explosivas causadas por um relacionamento na casa. Ele era um dos favoritos ao prêmio, mas perdeu a cabeça em uma discussão com Natália, com quem manteve um relacionamento. O lutador xingou, indispôs-se com grande parte da casa e foi dormir cheio de inimigos. Arrependido, pediu perdão para cada um no dia seguinte, mas não escapou dos votos e foi para o primeiro paredão triplo da edição. Poucos dias depois, Yuri repetiu outro erro: não mediu suas palavras. Ao insinuar que sisters tinham doenças sexualmente transmissíveis, o goiano causou revolta nas redes sociais. No domingo, outra mancada: ao justificar seu voto em Marcello, o lutador disse que ele “falou que tinha problemas no joelho e depois estava dançando igual a um macaco”, e completou dizendo que faltou masculinidade ao rapaz. Bial repreendeu a declaração e disse que masculinidade é uma palavra forte.

Em seu discurso da noite desta terça-feira, Bial falava para Fani e Yuri, mas parecia fazer uma análise desta edição do programa: “Os veteranos lutam, em primeiro lugar, contra os fantasmas deles mesmos”, refletiu o apresentador, que continuou falando para Yuri e Fani, mas poderia ser para o Brasil: “Às vezes parece que mesmo quando olham para frente o que veem é o passado. Sabe lá o que é olhar no espelho, e não saber em que ano você está? Em que BBB você está?”, questionou.

Os rumos tomados pelo programa nesta semana também podem ser vistos como uma metáfora para a situação do programa. Na décima terceira edição, a audiência do veterano Big Brother Brasil é decadente e contrasta com a ascensão de novos formatos de reality show, como o The Voice Brasil, do mesmo diretor, Boninho.

O respeitado jornalista Pedro Bial incluiu no sermão um discreto desabafo. “E sobra para mim dizer, como o pai de uma criança assustada: Tá tudo bem, eu estou aqui, nada de mal pode te acontecer. Garantir que nada pode fazer mal? É só um jeito doce de mentir, um carinho. Vocês podem imaginar que não é fácil minha posição. As únicas palavras que vocês realmente querem ouvir de mim são: Você é o vencedor do Big Brother Brasil. Mas, antes, eu tenho que anunciar, quinze vezes, a sua eliminação”, disse o apresentador que, por fim, revelou: “Hoje quem sai é você, Yuri”. Pobre Yuri. Pobre Bial.

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