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Prefeitura e governo do Rio reafirmam prioridade à indústria criativa

Ninguém sabe definir muito bem a tal "alma carioca" que batiza a edição 2011do Fashion Rio. Mas o dinamismo dos negócios é inegável. A moda deve ser responsável pela criação de cem mil empregos no estado

Por Aline Erthal
10 jan 2011, 17h56

“A indústria da moda transborda por todo o estado e é capaz de levar desenvolvimento para todos os locais. O petróleo acaba. O minério de ferro, também. Mas a indústria criativa, inovadora, não acaba nunca. É nela que temos que investir”, avalia Julio Bueno, secretário de Desenvolvimento e Economia do Rio de Janeiro

A temporada outono/inverno do Fashion Rio e de sua bolsa de negócios, o Rio-à-Porter, deu a largada oficialmente esta tarde. Durante coletiva de imprensa realizada no Palácio da Cidade, o diretor dos dois eventos, Paulo Borges, e autoridades estaduais e municipais traçaram metas para este ano e ressaltaram o bom momento do setor da moda no Rio e a necessidade de investir na indústria criativa.

“Queremos valorizar a vocação do Rio como pólo de irradiação de moda. Mas, para isso, precisamos ter sempre em mente a necessidade de valorizar as peculiaridades do que é criado aqui: uma moda em que a emoção transborda, ultrapassa o racional, o intelectual, a arquitetura na roupa. A mistura de tudo isso com a paisagem, a emoção das pessoas, o modo de viver da cidade: é isso o que distingue e valoriza essa moda”, diz Paulo Borges, sem conseguir uma definição mais objetiva do que seria a “moda carioca”.

Não à toa, o tema desta edição do Fashion Rio é “Alma carioca – as pessoas, uma celebração”. Vinte e cinco marcas desfilam no line-up principal do evento, que acontece no Píer Mauá de amanhã até sábado. Duas grifes, Cantão e Walter Rodrigues, escolheram como passarela outros pontos da cidade: a primeira apresenta sua coleção no Parque Lage; a segunda, no Instituto Superior de Educação.

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Fernando Pimentel, diretor superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), destaca como principais metas para este ano a desoneração do custo do emprego no país e a redução dos impostos: “O Rio vive um momento de esperança e restauração da autoestima da população, proporcionado principalmente pela vinda dos Jogos Olímpicos, a Copa do Mundo e o retorno do estado a áreas antes tomadas pelo poder paralelo. Queremos aproveitar a boa fase e estimular a geração de mais postos de trabalho. Além disso, precisamos parar de exportar impostos. Hoje, eles respondem por de 7% a 8% do valor do que é exportado. Isso tem que mudar”.

Felipe Góes, secretário municipal de Desenvolvimento, promete para 2011 a criação de cem mil novos postos de trabalho, um recorde histórico no Rio. “O fomento da indústria criativa é prioridade do governo”, diz. O discurso na esfera estadual é parecido: “A indústria da moda transborda por todo o estado e é capaz de levar desenvolvimento para todos os locais. O petróleo acaba. O minério de ferro, também. Mas a indústria criativa, inovadora, não acaba nunca. É nela que temos que investir”, avalia Julio Bueno, secretário de Desenvolvimento e Economia.

Rio-à-Porter – A bolsa de negócios do Fashion Rio está a pleno vapor, com estandes abertos ao público e agenda intensa de desfiles. Hoje, já desfilaram no Rio-à-Porter as grifes Ellus 2nd Floor, My Philosophy e Basthianna. Além delas, outras seis marcas subirão às passarelas: Ed Hardy, Armadillo, Reffinata, Bianca Marques, Juliana Ariza e Balasarae.

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Paulo Borges espera o crescimento do setor de moda em 2011, mas mantém a cautela: “Existe uma demanda enorme, o mercado está aquecido. Por outro lado, os ajustes que o governo vem fazendo na economia não nos permitem muitas certezas. Acredito que apenas no meio do ano vamos ter uma ideia de para que lado a balança vai pesar”.

A programação do Fashion Rio inclui, ainda, o Prêmio Rio Moda Hype. Dez novos estilistas se apresentam em dois desfiles coletivos, ainda esta noite. “O prêmio cumpre um papel que está no DNA da cidade: promover a renovação da moda, oferecendo uma oportunidade para que os novos talentos participem do Fashion Rio”, diz Robert Guimarães, criador do evento, que recebe mais de 300 inscrições a cada edição.

Durante a coletiva, foi transmitido um trecho do documentário “Alma Carioca”, do diretor Richard Luiz. O filme reúne depoimentos de gente como Gilberto Gil, o fotógrafo Mario Testino e Luciano Huck sobre o que seria a marca da cidade.

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