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Paul McCartney faz show apoteótico em Porto Alegre

Ex-beatle se apresentou durante três horas para um público estimado em 50.000 pessoas e cantou 34 músicas

Por Rodrigo Levino, de Porto Alegre
8 nov 2010, 01h01

Choro, gritos, palmas e coros não deram trégua um minuto sequer, ainda mais nos momentos – e foram muitos – em que o cantor interagiu falando um português carregado de sotaque.

As milhares de pessoas entoando espontaneamente canções dos Beatles na entrada no estádio Beira Rio, em Porto Alegre-RS, desde o começo da tarde deste domingo (07), serviram como prenúncio do show apoteótico que Paul McCartney apresentou durante três horas, a partir das 21 horas até os primeiros minutos desta segunda-feira (08), no primeiro concerto da turnê Up And Coming no Brasil. Centenas delas estavam acampadas em torno do estádio há dois dias. O sacrifício e o excesso foram recompensados.

A performance de Macca, como é chamado pelos fãs, foi ditada pelo profissionalismo, o carisma e a espontaneidade lapidadas em cinco décadas de carreira. Não é pouco e nela cabem todos os adjetivos hiperbólicos típicos de quem revolucionou a história de algo, no caso, a música do século XX, como certamente o mais criativo dos Beatles.

Com o set list de 34 músicas, começando com Venus and Mars e encerrando com The End, o cantor revisitou os grandes sucessos da banda que o consagrou, além de projetos solos como Fireman e a banda Wings. A plateia estimada em 50.000 pessoas respondeu com empolgação à altura.

Choro, gritos, palmas e coros não deram trégua um minuto sequer, ainda mais nos momentos – e foram muitos – em que o cantor interagiu falando um português carregado de sotaque. Expressões como “mas bá, tchê, tri legal” e “ah, eu sou gaúcho” adoçaram os bairristas. Em troca, músicas cantadas a plenos pulmões.

De certa maneira, e pelo histórico do cantor, foi um show dentro do previsto, mas ainda assim significativo. Primeiro, pela atemporalidade das canções, algumas com mais de 40 anos, que se entranharam nas gerações que se seguiram. O espetáculo é um congraçamento entre alguns poucos que viveram o estouro do quarteto de Liverpool, liderado pelo egocêntrico John Lennon, e guardam na memória a histeria que os Beatles despertaram desde o surgimento, e adultos e jovens reverentes, alcançados pelos ecos dessa época. Em segundo lugar, pela vitalidade de McCartney, um senhor de 68 anos apresentável e disposto, que amadureceu inclusive como músico e não mede esforços para satisfazer o público, embora, por mais abrangente que seja o set list, sempre deixe de fora algumas canções do enorme rol de clássicos dos Beatles.

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O que não é um problema quando se tem à mão Drive My Car, Blackbird, Eleanor Rigby, Something (com a qual o cantor homenageou o ex-companheiro de banda, George Harrison), se pode tocar em sequência Hey Jude, Day Tripper, Lady Madonna, Get Back, Yesterday e Helter Skelter e, como se não bastasse, Live And Let Die, da carreira solo. Aliás, um dos momentos em que, também instigado pelo show pirotécnico e as explosões no palco, o estádio veio abaixo.

Esta é a terceira vez que Paul McCartney vem ao Brasil. Na primeira, em 1990, ele garantiu um lugar no Guinness, o livro dos recordes, pelo público de 184 mil pessoas no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro; na segunda em 1993, o êxito foi semelhante. Pelo que se viu em Porto Alegre neste domingo (07), pode-se esperar um grande show em São Paulo, quando ele encerra a turnê com shows nos dias 21 e 22 no estádio do Morumbi. Um espetáculo para ser testemunhado. Afinal de contas, é a história que começou em 1960 sendo continuada ainda em cima de um palco e, pelo que se percebe, com a mesma paixão.

Confira abaixo o set list do show

Jet

All My Loving

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Letting Go

Drive My Car

Highway

Let Me Roll It

Long And Winding Road

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1985

Let Me In

My Love

I´Ve Just Seen A Face

And I Love Her

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Blackbird

Here Today

Dance Tonight

Mrs Vanderbilt

Eleanor Rigby

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Something

Sing The Changes

Band On The Run

Obla Di Obla Da

Back In The Ussr

i’ve Got Feeling

Paperback Writter

A Day In The Life

Let It Be

Live And Let Die

Hey Jude

Day Tripper

Lady Madonna

Get Back

Yesterday

Helter Skelter

Sgt Pepper

The End

Saiba mais

– Antes do fim do show, a produção do cantor levou ao palco duas garotas escolhidas na platéia. Elas exibiam cartazes pedindo que o ex-beatle autografasse os braços delas. Os autógrafos, segundo as duas, vão virar tatuagens.

– A turnê Up And Coming começou em março deste ano. Até agora foram 25 shows nos Estados Unidos, Canadá, México, Inglaterra, Escócia e Irlanda.

– Foram vendidos 180 mil ingressos para as apresentações do cantor no Brasil.

– O palco da turnê tem altura equivalente a 8 andares (23 metros), fica a 2, 5 metros do chão, demora sete dias para ser montado e ocupou em Porto Alegre cerca de 2.000 pessoas.

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