Motorista de Zezé Polessa passou mal antes de sair de casa

Delegado já ouviu os filhos do prestador de serviços da TV Globo, que teria sido destratado pela atriz antes de morrer. Ela deve prestar depoimento nesta quinta

Por Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
22 jan 2013, 19h14

A atriz Zezé Polessa (Divulgação/TV Globo/Raphael Dias/VEJA)

O motorista Nelson Andrade Lopes, que morreu após sofrer um infarto há uma semana, já estava passando mal antes de sair de casa para trabalhar. Ele era prestador de serviços da Rede Globo e levava a atriz Zezé Polessa da casa dela para o Projac no último dia 15. Segundo testemunhas, a intérprete de Berna na novela Salve Jorge discutiu com o motorista depois que ele errou o trajeto. Hipertenso, ele teve uma crise e morreu duas horas depois.

De acordo com o delegado Maurício Mendonça, da 32ª DP (Taquara), que investiga o caso, o idoso de 63 anos disse que iria procurar um hospital só depois de deixar a atriz na emissora. “Os filhos da vítima não sabem dizer se houve discussão entre a atriz e o pai deles. Quinta-feira, Zezé Polessa prestará depoimento na condição de acusada. Após o depoimento dela, outras duas pessoas que podem ter presenciado essa discussão serão chamados para depor”, adianta ele, acrescentando que um funcionário da TV Globo e outro da prestadora de serviços serão ouvidos.

De acordo com Mendonça, o objetivo do inquérito é confirmar se Zezé Polessa descumpriu o Estatuto do Idoso, que estabelece pena de prisão de seis meses a um ano para quem “humilhar, desdenhar, menosprezar ou discriminar pessoa idosa”. A Polícia também quer saber se há relação direta entre a morte do motorista e a discussão. A atriz pode ser indiciada por homicídio culposo.

Globo e Zezé Polessa se solidarizam à família do motorista morto após discussão