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Israel considera lamentável poema de Günter Grass

Por Da Redação
5 abr 2012, 07h38

O ministério israelense das Relações Exteriores qualificou nesta quinta-feira de “lamentável” o poema do Prêmio Nobel alemão de Literatura de 1999 Günter Grass no qual ele defende o Irã, por considerar que a “potência atômica de Israel ameaça a paz mundial”. “Esta passagem de Günter Grass da ficção à ficção científica é de muito mau gosto. Seu poema é lamentável e carece totalmente de graça”, afirmou o porta-voz do ministério, Yigal Palmor.

O historiador Tom Segev escreveu no jornal Haaretz que o escritor alemão “é mais patético que antissemita”. “A comparação entre Israel e Irã é injusta, pois ao contrário do Irã, Israel jamais ameaçou outro país de apagá-lo do mapa”, destacou Segev.

No jornal Maariv, o analista Shai Golden afirma que as declarações de Günter Grass “não provam necessariamente um antissemitismo, e sim a recusa a assumir sua responsabilidade por seus crimes históricos”. “Estou de acordo com quase tudo o que diz. Mas simplesmente não tem o direito moral nem histórico de afirmá-lo”, escreveu o analista, que também cita “a traição do princípio da expiação com a qual cada alemão deve estar comprometido para sempre quando fala de Israel e dos judeus”.

O poema O Que é Preciso Dizer, escrito em prosa e publicado no jornal Süddeutsche Zeitung, denuncia eventuais ataques israelenses contra instalações nucleares iranianas como um projeto que poderia levar à “erradicação do povo iraniano porque se suspeita que seus dirigentes constroem uma bomba atômica”. Em outro trecho, escreve que “este outro país há anos dispõe de um arsenal nuclear crescente — apesar de mantido em sigilo — e sem controle, porque não se permite nenhuma verificação”, em uma referência a Israel sem uma citação direta.

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Grass denuncia “o silêncio generalizado deste fato estabelecido” — que chama de “pesada mentira” — porque “o veredicto de antissemitismo será pronunciado imediatamente” contra quem o quebrar. Em 2006, Günter Grass, conhecido por suas posições de esquerda, admitiu ter integrado as Waffen SS, a juventude nazista.

(Com AFP)

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