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Diana só queria ser feliz. Kate se preparou para ser rainha

Ao contrário da mãe de William, a noiva sabe que entrar na família real significa assumir responsabilidades reais; por isso, Kate não representa riscos à coroa

Por Pollyane Lima e Silva
29 abr 2011, 04h45

O namoro entre Kate e William já dura mais tempo do que os pais dele conseguiram manter um casamento sem escândalos

A ligação entre Diana e Kate se limita ao anel de safira e diamantes que a primeira ganhou de príncipe Charles no noivado, mais de 30 anos atrás, e a segunda herdou como um presente do príncipe William, na mesma ocasião, no fim do ano passado, quando anunciaram o casamento que ocorre nesta sexta-feira. No mais, a mãe e a mulher de William seguiram trajetórias totalmente opostas desde a infância. E tudo indica que o caminho delas em nada deve se assemelhar daqui para frente também – para alívio da rainha Elizabeth.

Kate tem como exemplo a (péssima) experiência da sogra de quem só ouviu falar. Não que ela precise disso, pois o olhar determinado e o sorriso sempre confiante que carrega desde pequena não chegam nem perto da expressão triste e extremamente frágil de Diana. Além do nome, Catherine Elizabeth Middleton tem porte de rainha, e parece tão confortável nessa condição que não é difícil concluir que, se já não nasceu pronta e predestinada, preparou-se com total dedicação.

Em contraste à infância solitária de Diana, em uma família traumaticamente desfeita, Kate cresceu em um lar sólido, de um pai e uma mãe apaixonados, que venceram juntos e conseguiram enriquecer e dar aos filhos uma boa educação. No sistema de classes inglês, a família Middleton é de classe média, mas isso nunca foi empecilho para Kate determinar e perseguir seu objetivo: ser uma princesa e, mais do que isso, a futura rainha.

Quando adolescente, mantinha no quarto um pôster de William em uniforme de polo. E, contam as amigas, não se interessava por nenhum garoto da sua idade, porque não considerava ninguém “à altura” dele. Na época, ganhou o apelido “Waity Katie”, como uma referência ao fato de viver à espera de seu príncipe. Nem em seus suspiros mais apaixonados pelo neto da rainha, porém, a jovem se dava ao luxo de simplesmente sonhar. Preferiu ir à luta. E, provavelmente, ela deu mesmo uma ajuda ao destino ao se matricular na mesma universidade que ele. Tudo, então, passou a depender somente dela, que se tornou amiga, confidente e amada do futuro monarca.

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Os tempos eram outros, mas os sentimentos também: Kate e William mostram muito mais intimidade na foto de noivado do que os pais dele na mesma ocasião
Os tempos eram outros, mas os sentimentos também: Kate e William mostram muito mais intimidade na foto de noivado do que os pais dele na mesma ocasião (VEJA)

Juventude – Aos 19 anos, Diana anunciava seu noivado com Charles, tão (ou mais) inconstante emocionalmente do que ela e treze anos mais velho. Na mesma idade, Kate desfilava em uma campanha beneficente para a faculdade com um vestido transparente e provocante. Nada tinha de casta, introvertida ou “cansativa”, palavra que Elizabeth II usou certa vez em referência à nora.

Pouco mais de 20 encontros se passaram entre o namoro e o casamento de Diana – que, apesar da descendência aristocrática, nunca se preparou para ser princesa. Kate esperou pacientemente, durante mais de oito anos de relacionamento – e uma breve separação – até ser pedida em noivado. É mais tempo do que os pais de William conseguiram manter a união sem que o primeiro de muitos escândalos viesse à tona. Nesse meio tempo, ela se dedicou a aperfeiçoar o estilo e a elegância requeridos pela realeza. Contou com uma ajudinha extra da rainha em pessoa – já calejada pela trágica união do filho, ela decidiu interferir para ter certeza de que a nova princesa não seria “inadequada”, como descrevia Diana.

A ideal – Agora, Elizabeth II sabe que o neto escolheu uma mulher que se preparou para ocupar uma posição na família real. Os tempos de moça independente e provocante passaram, e ela parece aceitar bem sua nova posição. Entender que, nesta família poderosa, não deve nunca ofuscar o príncipe. A nova princesa é determinada e discreta, simpática e firme, moderna e conservadora. Traz um sopro de leveza e renovação à monarquia britânica, mas também – é o que parece – lhe oferece a tão essencial expectativa de que o conservadorismo inerente à coroa não será abalado.

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