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Brasil volta a competir pelo Urso de Ouro depois de seis anos

Com Wagner Moura, o filme 'Praia do Futuro', do cearense Karim Aïnouz, marca o retorno do país ao Festival de Berlim

Por Mariane Morisawa, de Berlim
5 fev 2014, 08h30

Praia do Futuro, de Karim Aïnouz, marca a volta do Brasil à competição do Festival de Berlim, que começa na próxima quinta-feira e termina em 16 de fevereiro. O país estava ausente da disputa desde que Tropa de Elite, de José Padilha, ganhou o segundo Urso de Ouro brasileiro, em 2008 (o primeiro foi vencido por Central do Brasil, de Walter Salles, em 1998).

A coprodução Brasil-Alemanha dirigida pelo cineasta cearense, autor de Madame Satã (2002), O Céu de Suely (2006) e O Abismo Prateado (2011), traz Wagner Moura como Donato, um salva-vidas que resgata o turista alemão Konrad (Clemens Schick) na Praia do Futuro, em Fortaleza. Os dois se apaixonam e Donato decide ir embora para Berlim. Anos mais tarde, seu irmão mais novo, Ayrton (Jesuita Barbosa), vai até a Alemanha para procurá-lo e saber por que partiu sem dizer nada.

A presença de Praia do Futuro se dá num ano relativamente forte para a América do Sul, que teve apenas um representante em Berlim no ano passado (o chileno Gloria, de Sebastián Lelio, que levou o prêmio de atriz para Paulina García) e esteve ausente de Cannes e Veneza em 2013. Também lutam pelo Urso de Ouro Historia del Miedo (História do Medo, na tradução livre), uma coprodução Argentina-Uruguai-Alemanha dirigida pelo argentino Benjamin Naishtat, e a coprodução Argentina-Alemanha-Holanda La Tercera Orilla (A Terceira Margem, na tradução literal), de Celina Murga. A diretora peruana Claudia Llosa, vencedora do Urso de Ouro em 2009 com A Teta Assustada, retorna à disputa com uma coprodução entre Espanha, Canadá e França, Aloft (algo como “no alto”, na tradução livre), estrelada por Jennifer Connelly e Cillian Murphy.

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Já a América do Norte só tem um participante oficial, Boyhood (Infância, na tradução livre), de Richard Linklater – verdade que The Grand Budapest Hotel é dirigido pelo texano Wes Anderson, mas trata-se de uma coprodução entre o Reino Unido e a Alemanha. Quatro asiáticos também estão na competição – o japonês Chisai Ouchi (A Casa Pequena, na tradução literal do inglês), de Yoji Yamada; a coprodução China-França Tui Na (nome de uma técnica de massagem), de Lou Ye; a coprodução China-Hong Kong Bai Ri Yan Huo (Carvão Negro, Gelo Fino, na tradução literal do inglês), de Dinao Yinan; e o chinês Wu Ren Qu (Terra de Ninguém, na tradução do inglês), de Ning Hao.

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A maior parte dos competidores vem mesmo da Europa. Ao todo, são dez filmes, quatro deles alemães: Die Geliebten Schwestern (As Irmãs Amadas, na tradução livre) de Dominic Graf; Jack, de Edward Berger; Kreuzweg (Via-Crúcis, na tradução livre), de Dietrich Brüggemann; e Zwichen Welten (Entre Mundos, na tradução livre) de Feo Aladag. Além de The Grand Budapest Hotel, há outro concorrente do Reino Unido, ‘71, de Yann Demange; o escandinavo Kraftidioten (Em Ordem de Desaparecimento, em tradução literal do título em inglês), de Hans Petter Moland, coprodução entre Noruega, Suécia e Dinamarca; o grego To Mikro Psari, de Yannis Economides; e o austríaco Macondo, de Sudabeh Mortezai. Dois franceses completam a disputa: Aimer, Boire et Chanter (Amar, Beber e Cantar, em tradução livre), de Alain Resnais, e La Voie de L’Ennemi (O Caminho do Inimigo, em tradução livre), de Rachid Bouchareb.

A disputa pelo Urso de Ouro coloca, lado a lado, estreantes como o argentino Benjamin Naishtat, de 27 anos, o francês radicado na Inglaterra Yann Demange, 37, e a austríaca de ascendência iraniana Sudabeh Mortezai, 45, além dos veteranos Alain Resnais, diretor de clássicos como Hiroshima Mon Amour e O Ano Passado em Marienbad, de 91 anos, e Yoji Yamada, de 82. Entre os vinte concorrentes, há quatro produções dirigidas por mulheres (Aloft, Macondo, La Tercera Orilla e Zwischen Welten), um número até que expressivo, comparado aos anos anteriores.

O vencedor do Urso de Ouro será anunciado no sábado, dia 15 de fevereiro.

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