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A história do Big Brother contada pelos edredons

Em uma década de reality show, câmeras do BBB flagraram a intimidade de casais que, apesar de efêmeros, ajudaram participantes a conquistar a fama

Por Carolina Vergara, do Rio de Janeiro
13 fev 2011, 08h32

Foi na segunda edição do Big Brother que o edredom evoluiu de verdade. Tarciana Mafra e Jéferson de Oliveira, num misto de celebração hedonista e contorcionismo, transformaram o manto em metáfora para o sexo entre confinados

Reality-show sem formação de casais não é reality-show. E nesse quesito não se pode reclamar do Big Brother. As lentes bisbilhoteiras que cercam o cativeiro do Projac acumulam uma década de bons serviços prestados à curiosidade ‘voyerística’ do brasileiro. Desde a primeira edição, os participantes aprenderam que arrumar um par é garantir popularidade – ainda que o risco de atrair a antipatia tenha que ser levado em conta. Os edredons da casa tornaram-se, assim, testemunhas de alguns momentos memoráveis do BBB, e uma tentação para os confinados que, entre provas de resistência e paciência, não costumam se incomodar com alguns beijos e abraços em rede nacional de TV.

Se o amor não é sincero, a devoção do público não é fingida: boa parte dos ‘brothers’ da última década estiveram, em algum momento, envolvidos nesse tipo de ‘prova da intimidade’. A edição atual, apesar das lambidas e das provocações, ainda está devendo um casal que possa se candidatar a entrar para a galeria de grandes momentos do reality. A paulista Maria, que tem experiência em vencer a timidez diante das câmeras, foi quem ‘balançou a rede’ mais vezes: duas, até o momento. A paulista que tem no currículo um trabalho em sites de imagens eróticas está atualmente com o médico Wesley. Antes dele, esteve com Mauricio. Entre um e outro, rolou um ‘surto de fidelidade’ – doença que costuma passar rápido no BBB. Mauricio, internado na Casa de Vidro, foi avisado por fãs que seu lugar foi preenchido e disse não querer mais nada com a moça. “Maria mariou”, definiu, sem esboçar grande decepção com a perda.

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Apesar de efêmeras, as paixões de reality-show têm suas compensações, mesmo para quem é eliminado. Sabrina Sato, hoje musa do programa Pânico na TV e rainha de bateria da Vila Isabel, no Rio de Janeiro, deixou sua marca no imaginário dos fãs do programa em algumas cenas de romance na piscina dom Dhomini, no terceiro BBB. Nenhum dos dois saiu de mãos vazias: ele foi o vencedor do prêmio de 500 mil reais; ela, alavancou a popularidade que projetou a vida de celebridade na TV.

Outro vencedor teve seu momento ‘casal’: Diego Alemão, do BBB 7, protagonizou com Íris Stefanelli um romance com jeito de ‘amor inocente’, com juras de fidelidade para depois do programa. Nada que a vida real não tratasse de dissolver em algumas semanas. Mais uma vez, valeu o sacrifício: Alemão fisgou o prêmio, já elevado para um milhão de reais, e Íris – ou Siri, como era chamada – ricocheteou no mundo das subcelebridades até se encaixar em um posto de apresentadora.

Foi na segunda edição do Big Brother que o edredom evoluiu de verdade. Tarciana Mafra e Jéferson de Oliveira, num misto de celebração hedonista e contorcionismo, transformaram o tecido inanimado em metáfora para o sexo entre confinados – e as cenas do manto em movimento ainda rodam a internet. Paralelamente, Thyrso e Manuela, Thaís e Fernando também se deixaram filmar em momentos de romance. ‘Manu’ e seu parceiro chegaram a namorar fora da casa.

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Quando entra em cena o edredom, a curiosidade insaciável faz a imaginação do público voar alto. Mesmo que nada seja exibido, os sons da respiração ofegante, alguns susurros indecifráveis e algum movimento do cobertor são, imediatamente, associados a sexo – e não importa se, no gélido quarto do BBB, esteja rolando uma paixão incontrolável ou uma sessão de apnéia do sono.

Com toda a ousadia dos participantes nas festas, nas bebedeiras e nas brincadeiras com vendas nos olhos e coisas escorregadias, há coisas que se mantêm no campo das promessas. Para o BBB 11, o diretor Boninho escolheu uma turma que tem dois homens que se assumiram homossexuais – Luciaval e Daniel – e mulheres que estão “para o que der e vier”. Mas o beijo entre pessoas do mesmo sexo continua sendo uma promessa que a Globo não cumpre – ou não mostra.

Amor e amizade – Carreiras, relações amorosas e tipos que surgem no BBB e travam contato com o mundo real têm a mesma chance de sobrevivência de um animal nascido em cativeiro que, de estalo, é libertado na selva. Mas há quem consiga fazer os picos de popularidade servirem para algo muito além da fama pela fama. Na edição que ficou marcada mais por fortes amizades que por cenas de romances tórridos, surgiram dois dos personagens que conseguiram transpor por completo a barreira da vida de ex-BBB. Jean Willys, que se assumiu homossexual na quinta edição do reality, e a bela Grazi Massafera. Jean assumiu, esta semana, a cadeira de deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro. Grazi namorou dentro e fora da casa o engenheiro mecânico Alan Passos e, bem, tirou de vez o sobrenome com três “bês” da assinatura com uma sucessão de participações em novelas que a transformaram em atriz.

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