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Vaccarezza: saio por política, não por incompetência

Fora da liderança do governo na Câmara, petista diz que não tem mágoas e garante que não perdeu o controle da base aliada

Por Gabriel Castro
13 mar 2012, 13h23

Destituído do cargo de líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP) afirmou nesta terça-feira que a troca ocorreu por razões políticas – e não por incompetência. De acordo com o petista, a presidente Dilma Rousseff lhe afirmou que as substituições serão “um método” do governo. Vaccarezza garante que sai sem mágoas: “Você pode ser trocado por ser incompetente, ou por não ser leal, ou por não ter base, ou pode ser uma troca por razão política. A minha troca foi por razão política”, afirmou, em entrevista coletiva. Ele garante que não se vê como uma vítima da insatisfação dentro da base aliada, especialmente no PMDB. No Senado, o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), também perdeu o cargo depois de uma rebelião dos governistas: a recondução de Bernardo Figueiredo para o comando da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) foi derrubada. Apesar das palavras escolhidas com cautela, Vaccarezza não gostou da forma como ficou sabendo da troca: pela imprensa. Só às 18 horas de segunda-feira, ao receber um telefonema do chefe de gabinete da Presidência, Giles Azevedo, é que ele passou a ter certeza de que perderia o cargo. Giles disse que a presidente Dilma Rousseff queria conversar com ele na manhã desta terça, quando o anúncio foi formalizado. O agora ex-líder foi um dos últimos a saber: “Não acho que essa foi uma boa conduta das pessoas que sabiam, mas tenho certeza de que a presidente não aprovou essa conduta.” Limpeza de gavetas – Vaccarezza prometeu lealdade ao governo, mas sequer continuará no cargo até a escolha do sucessor. Às 12h11, durante a entrevista, ele anunciou: “Minhas atividades como líder do governo serão encerradas neste exato momento.” Ele disse ter se recusado a indicar nomes de substitutos para a presidente Dilma Rousseff, mas pediu que a escolha fosse feita ainda nesta terça-feira. Caso contrário, os trabalhos da Câmara podem parar, já que a pauta desta semana inclui a votação do Código Florestal e da Lei Geral da Copa. Vaccarezza cancelou o almoço semanal das terças com os líderes da base aliada e também não irá à reunião dos líderes partidários com o presidente Marco Maia (PT-RS), às 15 horas: “Agora, vou limpar minha gaveta”. O ex-líder diz que o governo Dilma não foi derrotado na Câmara enquanto ele coordenou a bancada. É uma meia-verdade: apesar de não ter sido vencido nas votações em plenário, o Executivo nem sempre conseguiu aprovar as propostas como e quando pretendia. Houve recuos, adiamentos e cochilos, como o que permitiu a convocação do então ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, para falar sobre as denúncias de tráfico de influência que depois motivariam a demissão do petista.


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