USP abrirá sindicância para investigar tentativa de estupro
Aluna foi atacada de manhã dentro de banheiro da Escola Politécnica, no campus do Butantã, Zone Oeste da capital paulista
A direção da Escola Politécnica da USP afirmou, em nota, que abrirá uma sindicância para apurar a tentativa de estupro ocorrida na manhã desta terça-feira dentro de um dos banheiros do Departamento de Engenharia de Produção, no campus Butantã, Zona Oeste de São Paulo.
O diretor José Roberto Cardoso lamentou a ocorrência e afirmou que a segurança dos estudantes é “dever da escola”. Segundo a nota, caso a aluna se sinta ameaçada, a diretoria “colocará à sua disposição um segurança.” Cardoso disse, ainda, que o banheiro feminino, hoje localizado nos fundos do departamento, será transferido para um local onde haja maior movimento de pessoas.
Segundo o boletim de ocorrência, entre 7h e 8h da manhã desta terça-feira, a aluna se dirigiu ao banheiro feminino do primeiro andar do prédio de Engenharia de Produção e percebeu que um dos boxes estava trancado. Na ocasião, havia mais mulheres no banheiro.
Quando as demais pessoas saíram, a porta do boxe se abriu e a aluna foi puxada e arrastada pelo agressor, que ainda cobriu a boca da vítima com a mão na tentativa de evitar que ela gritasse pedindo socorro. De acordo com o depoimento da estudante, ela reagiu com cotoveladas e o estuprador fugiu correndo. Após realizar rondas na região, a polícia não conseguiu localizar o agressor.
A vítima foi socorrida por dois funcionários da faculdade e levada para o Hospital Universitário com ferimentos leves, segundo a nota enviada pela USP. No texto, a direção da Escola Politécnica afirma que guardas e câmaras de segurança são utilizados para manter a segurança interna, e que a restrição de acesso, com a implantação de catracas, “poderá ser proposta novamente”. Segundo a direção, há cerca de seis anos os próprios alunos recusaram a ideia.