Subsídio pago a empresas de ônibus vai a R$ 1,7 bilhão

Recorde absoluto, o valor quase dobrou desde 2012. Quantia representará 70% do total de investimentos previstos para serem realizados na cidade

Por Da Redação
30 set 2014, 09h25

Bilhete único, utilizado para pagamento das passagens do transporte público em São Paulo (Caio Palazzo/VEJA)

O subsídio pago pela prefeitura de São Paulo para manter a tarifa do ônibus a 3 reais vai custar 1,7 bilhão de reais ao caixa municipal neste ano. Recorde absoluto, o valor quase dobrou desde 2012, quando o então prefeito Gilberto Kassab (PSD) deixou o governo pagando 980 milhões de reais em subsídios às empresas do setor. Se confirmada, essa quantia representará 70% do total de investimentos previstos para serem realizados na cidade em 2014 – 4,2 bilhões de reais -, a contragosto do prefeito Fernando Haddad (PT), que já declarou publicamente a necessidade de São Paulo investir recursos municipais em outras áreas.

Depois das manifestações de junho do ano passado, que levaram o prefeito a rever a alta de 0,20 centavos aplicada na passagem de ônibus, o investimento na área explodiu. Em 2013, o repasse em forma de subsídio às empresas de ônibus ficou em 1,2 bilhão de reais. Neste ano, como adiantado pela prefeitura, vai superar a meta de 1,4 bilhão de reais prevista inicialmente.

De acordo com a Secretaria Municipal de Transportes, a diferença com relação à previsão inicial se dá por causa da redução de arrecadação do sistema após a implementação do Bilhete Único Mensal e da mudança na idade para concessão da gratuidade no transporte de 65 para 60 anos. A pasta ainda cita outros fatores, como o reajuste na remuneração dos contratos de concessão e a contratação emergencial de novas empresas, após o descredenciamento, por exemplo, do Consórcio Leste 4, que atuava na Zona Leste.

(Com Estadão Conteúdo)