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Servidor que acessou dados de EJ em Minas é filiado ao PT

Por Da Redação
5 set 2010, 16h37

O servidor da Receita Federal que acessou os dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, na sede do órgão em Formiga, Minas Gerais, é filiado ao PT desde 2001. Gilberto Souza Amarante acessou dados sigilosos do dirigente tucano por dez vezes – seis meses antes de iniciada a série de quebras de sigilo de pessoas ligadas ao PSDB.

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Amarante é um dos 276 filiados do PT que votam na cidade de Arcos, vizinha ao município de Formiga. Em 3 de abril de 2009, o servidor consultou por dez vezes, em menos de um minuto, o CPF de Eduardo Jorge.

O servidor foi identificado com base em seus números de CPF e título de eleitor pelo jornal O Estado de S. Paulo. No sistema do TSE, o cadastro de Amarante como filiado do PT consta como “regular”.

Um levantamento feito a pedido da Corregedoria do órgão revela que o analista mineiro não foi a única pessoa no país que acessou os dados de Eduardo Jorge no primeiro semestre do ano passado. O domicílio fiscal do vice-presidente do PSDB é no Rio de Janeiro e ele não possui negócios em Formiga – o que reforça a tese de que os dados de Eduardo Jorge tenham sido violados.

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A invasão foi descoberta por meio de uma “Apuração Especial”. A Receita solicitou ao Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) uma relação de todas consultas envolvendo o CPF de Eduardo Jorge no período entre 2 de janeiro e 19 de junho de 2009.

A Corregedoria, portanto, decidiu investigar o período que antecedeu a violação do sigilo fiscal de Verônica Serra, filha do candidato tucano à Presidência, em 30 de setembro de 2009. Mais tarde, seriam violados os sigilos de do economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, de Gregorio Marin Preciado (empresário casado com uma prima de Serra), do ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio (no governo FHC) e Eduardo Jorge.

Violações em série – Documentos obtidos na quinta-feira pelo site de VEJA atestaram que era falsa a assinatura de Verônica Serra em procuração apresentada à Receita Federal para que os dados do Imposto de Renda (IR) dela fossem consultados. Novos documentos da investigação, divulgados no mesmo dia pelo jornal O Estado de S. Paulo, também provaram que a Receita sabia desde o dia 20 de agosto que o sigilo fiscal de Verônica havia sido violado em setembro do ano passado.

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Em um dos arquivos obtidos pelo jornal, a comissão de investigação levantava suspeitas sobre Antônio Carlos Atella Ferreira, autor da procuração utilizada para retirar os dados fiscais de Verônica Serra em uma agência da Receita em Santo André, que é ligado ao PT.

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) confirmou no sábado que a filiação partidária do contador Antonio Carlos Atella Ferreira ao PT havia sido registrada no cadastro da Justiça Eleitoral em 2003. Porém, segundo o partido, por um erro de grafia a filiação de Antonio Carlos Atella Ferreira não foi concretizada. O pedido de filiação teria sido erroneamente grafado como Antônio Carlos Atelka Ferreira e, em virtude do equívoco, o registro não teria sido aceito pelo TRE.

(Com agência Estado)

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