Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Serra oficializa candidatura a prefeito sem definir vice

Convenção marca lançamento do slogan do tucano: “Para São Paulo seguir avançando” - uma declaração de defesa da gestão Gilberto Kassab

Por Carolina Freitas
24 jun 2012, 09h12

O PSDB oficializa neste domingo a candidatura de José Serra à prefeitura de São Paulo sem que o tucano tenha se decidido ainda a respeito do vice de sua chapa. Serra só deve bater o martelo sobre a questão na próxima semana. Pelo calendário da Justiça Eleitoral, os partidos têm até dia 30 para escolher os candidatos a prefeito, a vice e a vereador. Fiel a seu estilo, Serra deixará a definição para a última hora. Os tucanos chegam à convenção com pelo menos uma missão cumprida: a composição da chapa de candidatos à Câmara Municipal. E para comemorar o feito, eles vão se esforçar para dar ares de festa à reunião deste domingo. Em um ginásio esportivo da zona sul da capital será montado um tablado redondo, com arquibancadas ao redor, como uma arena, no centro da qual Serra discursará. Haverá uma passarela para que o candidato caminhe entre a plateia. A convenção marca o lançamento do primeiro slogan de Serra: “Para São Paulo seguir avançando” – uma declaração de defesa da gestão do prefeito Gilberto Kassab e uma promessa de continuidade. Será inaugurado também um logotipo que lembra o dos super-heróis, uma esfera azul com um “S” amarelo, de Serra, no centro – as cores do PSDB. Participam do evento o prefeito Kassab, o governador Geraldo Alckmin, o presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra, e os dirigentes dos partidos aliados. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também é esperado. A coligação do PSDB com PSD, DEM e PR lançará um total de 110 postulantes a vereador. O PV, que também compõe a aliança, optou por não entrar no chapão. Vai lançar seus candidatos dentro da cota que lhe é de direito pela lei eleitoral. Para compor o arranjo, o PSDB teve de abrir mão de 32 candidaturas. Pelos cálculos do presidente municipal tucano, Julio Semeghini, o PSDB teria direito a 77 vagas, mas só deve lançar 45 nomes para dar espaço aos candidatos a vereador dos partidos aliados. “Foi um bom acordo, as contrariedades dentro da aliança foram apaziguadas”, afirma Semeghini. A concessão beneficia, sobretudo, o PSD, criado no ano passado pelo prefeito Gilberto Kassab. Apesar de ter acolhido quadros importantes, o partido só tem direito, pela lei eleitoral, a 21 segundos de propaganda eleitoral na TV, o que limita o número de candidatos a vereador a serem lançados pela legenda. Com a coligação proporcional, o PSDB transfere vagas para o PSD e livra o aliado de entrar na eleição como um partido nanico. Ainda assim, o PSD tenta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adaptar a regra a sua realidade e obter dinheiro do fundo partidário e tempo de TV proporcionais ao número de deputados que aderiram ao partido – 48 parlamentares. Pela lei eleitoral, porém, só somam para essa equação os deputados eleitos pela legenda no último pleito, 2010, quando o PSD ainda nem existia. Partidos que perderam parlamentares para a sigla de Kassab recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir a concessão de tempo extra ao PSD. O assunto chegou a entrar na pauta de votação do STF, mas a decisão foi adiada para a próxima semana. Se conseguir o tempo extra, o PSD passa a ter direito a 2min14s de tempo de TV e não mais a 21 segundos, de acordo com projeção do site de VEJA. O tempo engorda o espaço de José Serra no horário eleitoral e aumenta o cacife do PSD dentro da aliança. O partido se fortalece na briga pela indicação do candidato a vice-prefeito. Kassab defende o nome do ex-secretário municipal de Educação Alexandre Schneider, que conta com a simpatia de Serra. Chapa pura – A aliança em torno do tucano, no entanto, abarca também o DEM, arqui-inimigo de Kassab desde que ele abandonou a legenda para lançar o PSD. Os democratas querem o ex-secretário estadual de Desenvolvimento Social Rodrigo Garcia como vice. DEM e PSD lutam não só por seus indicados, mas também – e principalmente – contra os postulantes um do outro. Nesse cenário, ganhou corpo na última semana entre líderes tucanos a ideia de um vice do PSDB. São cogitados os nomes de Andrea Matarazzo e de Edson Aparecido, coordenador da campanha de Serra. “Eu vou brigar para que o vice seja do PSDB”, afirmou ao site de VEJA Julio Semeghini, presidente municipal tucano. “A gente já acomodou o PSD em uma coligação proporcional, resolvemos o principal problema dos aliados. Poderíamos agora ter o mérito de um vice do PSDB.” Na avaliação do líder tucano na Câmara dos Vereadores, Floriano Pesaro, Andrea Matarazzo se fortaleceu ao ajudar nas articulações para formar a chapa de vereadores. “Andrea é o melhor vice para qualquer candidato, pois conhece São Paulo como ninguém.” Questionado sobre como encara a possibilidade de se tornar vice de Serra, Edson Aparecido disse que seria “uma honra”, mas desconversou: “O sentimento de uma chapa pura cresce forte dentro do partido.” Nos bastidores, líderes tucanos se movimentam para evitar que o PSD ganhe ainda mais espaço dentro da coligação, já que o nome indicado por Kassab, de Alexandre Schneider, tem a simpatia de Serra. “O PSDB precisa ser prestigiado de alguma maneira”, justifica um influente tucano de São Paulo. PMDB – O PMDB também realiza neste domingo convenção para oficializar a candidatura do deputado Gabriel Chalita a prefeito da capital. O evento será na Praça da Sé, no centro da cidade.

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.