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Decisão sobre caso do menino Bernardo sai em 40 dias

Até o início de julho, juiz de Três Passos (RS) decidirá se pai, madrasta e casal de irmãos acusados de matar e esconder o corpo do menino vão a júri popular

Por Felipe Frazão 28 Maio 2015, 09h56

O juiz de Três Passos (RS), Marcos Luís Agostini, deve publicar em até quarenta dias a sentença dos quatro acusados de matar e esconder o corpo do menino Bernardo Boldrini, de 11 anos, em abril do ano passado no interior gaúcho. Até julho, portanto, o magistrado decidirá se pronuncia ou não os réus para julgamento em júri popular – ele também pode arquivar o caso, absolver sumariamente os acusados ou decidir por desqualificar a denúncia de homicídio doloso e remetê-los a uma vara criminal comum.

Pai do menino Bernardo culpa madrasta pelo crime

A fase de instrução do processo terminou nesta quarta-feira com o interrogatório dos réus, que respondem por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Presos preventivamente, foram conduzidos ao Fórum de Três Passos (RS) o pai do garoto, o médico Leandro Boldrini, e a madrasta, Graciele Uguline, além da assistente social Edelvânia Wirganovicz, amiga dela, e de Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia. A madrasta e a assistente social decidiram permanecer em silêncio. Também denunciado por falsidade ideológica (por supostamente ter simulado o desaparecimento do filho), o pai de Bernardo alegou inocência e acusou os três corréus pelo crime. Evandro também disse ser inocente.

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Cada parte no processo – acusação e defesa – terá agora cinco dias sucessivos para apresentar por escrito ao juiz de Três Passos suas alegações finais. O processo, que está no cartório da Justiça em Três Passos, será encaminhado primeiro ao Ministério Público e em seguida ao assistente de acusação, Marlon Taborda (advogado da avó materna de Bernardo). Depois os defensores dos réus ficarão com os autos: Ezequiel Vetoretti e Rodrigo Grecelle Vares (de Leandro Boldrini), Vanderlei Pompeo de Mattos (de Graciele Uguline), Demetryus Eugenio Grapiglia (de Edelvânia) e Hélio Francisco Sauer (de Evandro). Ao fim do prazo, o magistrado terá dez dias para dar a sentença.

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O crime – O menino Bernardo Boldrini, de 11 anos, desapareceu de Três Passos no dia 4 de abril de 2014. Ele foi visto vivo pela última vez na companhia da madrasta, a enfermeira Graciele Ugulini, em uma visita à cidade vizinha de Frederico Westphalen. Enteado e madrasta também estavam com a assistente social Edelvânia Wirganovicz. Ele seria morto com uma superdosagem de tranquilizante dada pela madrasta por meio de comprimidos e de uma injeção letal, conforme Edelvânia revelou à Polícia Civil. Elas enterraram o menino envolto em um saco plástico na beira do Rio Mico. O corpo só foi encontrado dez dias depois, período durante o qual foram feitas buscas pelo paradeiro de Bernardo, depois de o pai acionar a polícia pelo suposto desaparecimento.

Mãe – Neste mês, a Justiça gaúcha reabriu, com aval do Ministério Público, o inquérito sobre a morte da mãe de Bernardo, Odilaine Uglione, morta em fevereiro de 2010. A apuração será retomada pouco mais de cinco anos depois de ter sido arquivada como suicídio, primeira conclusão da Polícia Civil para o caso. A família materna de Bernardo desconfia que a mãe dele foi vítima de assassinato e entregou um laudo particular com questionamentos sobre a veracidade de uma carta de suicídio supostamente escrita por Odilaine.

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