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Sem substituto para Sadok, comando do Dnit fica indefinido

Ministro dos Transportes adia anúncio de novo nome para a direção-geral do órgão - considerado o coração do esquema de corrupção operado na pasta

Por Da Redação
15 jul 2011, 20h39

O Ministério dos Transportes adiou, na noite desta sexta-feira, o anúncio do substituto de José Henrique Sadok de Sá, que vinha acumulando os cargos de diretor-executivo e diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit). Sadok foi afastado do comando do órgão nesta sexta, após revelações de que sua mulher é dona de uma empresa que lucrou 18 milhões de reais em contratos com o Dnit desde 2006. Agora, o órgão – considerado o coração do esquema de corrupção nos Transportes – está sem comando definido.

A saída de Sadok é a mais nova baixa na esteira do escândalo de corrupção nos Transportes, revelado por VEJA. O diretor afastado nesta sexta ocupava interinamente o cargo de Luiz Antonio Pagot – afastado de suas funções no dia 2 de julho pela presidente Dilma Rousseff. Pagot, que não aceitou a decisão da presidente, decidiu tirar férias – e corre o risco de ser demitido ao voltar ao trabalho.

Após reunião com a presidente Dilma Rousseff, o ministro dos Transportes, Paulo Passos, chegou a dizer que anunciaria um substituto para Sadok ainda nesta sexta. O titular da pasta também não descartou novas mudanças tanto no quadro do Dnit quanto no do ministério.

Passos confirmou que a substituição de Sadok foi tratada na reunião com Dilma, mas disse que outros assuntos também foram abordados, como as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a liberação das licitações que foram paralisadas após as denúncias de corrupção, que culminaram na saída do ex-ministro Alfredo Nascimento.

“Vamos liberar gradualmente as licitações e termos aditivos que tenham a ver com a garantia de segurança nas estradas e o que for razoável como, por exemplo, contratos de manutenção”, disse.

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Entenda o caso – As baixas no Ministério dos Transportes começaram depois que VEJA revelou a existência de um esquema de corrupção na pasta. Pelo esquema, empresários pagavam até 5% de propina sobre os valores dos contratos de obras do Dnit. A quantia era cobrada por representantes da cúpula do ministério e destinada ao caixa de campanha do PR. Pagot era um dos envolvidos no esquema e foi afastado do cargo no mesmo dia da publicação da matéria de VEJA. A Presidência aceitou seu pedido de férias, mas informou que ele seria demitido em seguida.

No lugar de Pagot, assumiu interinamente José Henrique Sadok de Sá, que foi afastado nesta sexta-feira depois que o jornal o Estado de S. Paulo informou que ele é casado com a dona de uma empresa que lucrou 18 milhões de reais em contratos com o Dnit desde 2006.

Ana Paula Batista Araújo é dona da construtora Araújo Ltda, que foi contratada para tocar obras em rodovias federais. O ministro dos Transportes também determinou a instauração de uma Comissão de Processo Administrativo Disciplinar para apuração dos fatos noticiados pelo jornal.

Agora, o governo deve definir um novo nome para ocupar a direção-geral do Dnit. Petistas articulam para que o cargo fique com um integrante do partido.

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