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Roger Abdelmassih cumprirá pena em Tremembé (SP)

Condenado a 278 anos de prisão pelo estupro, Abdelmassih passou a noite em Foz do Iguaçu e desembarcará em São Paulo na tarde desta quarta

Por Da Redação
20 ago 2014, 11h48

O médico Roger Abdelmassih desembarcará na cidade de São Paulo nas próximas horas e será enviado para a penitenciária de Tremembé, no interior do estado, segundo a Polícia Federal. Foragido desde 2011, ele foi capturado nesta terça-feira na cidade paraguaia de Assunção. Condenado a 278 anos de prisão pelo estupro de 37 mulheres, Abdelmassih passou a noite na carceragem da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, no Paraná, e embarcará às 15 horas num voo para São Paulo.

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Um dos maiores especialistas em fertilização in vitro do Brasil, o ex-médico foi preso quando buscava os dois filhos gêmeos na escola. Estava acompanhado da mulher, Larissa Maria Sacco, de 37 anos. Três carros com policiais da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), do Paraguai, cercaram o foragido. A polícia do país vizinho teve apoio de homens da Polícia Federal (PF) brasileira.

Surpreso, Abdelmassih não reagiu. “Não esboçou reação, a não ser no rosto, com as feições paralisadas e a boca aberta”, afirmou o delegado Marcos Paulo Pimentel, da PF.

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Abdelmassih figurava na chamada “difusão vermelha” da Interpol – o índex dos criminosos mais procurados do mundo. Morava em uma casa em Villa Morra, bairro de classe alta da capital paraguaia. Depois da prisão, foi levado à sede do departamento de imigração. Ele perguntou pelo destino da mulher.

Abdelmassih e Larissa usavam em Assunção, segundo a PF, documentos falsos. De acordo com Francisco Ayala, diretor de Comunicação da Senad paraguaia, a “condição de imigrante ilegal em território paraguaio facilitou a expulsão do ex-médico” do país.

Escoltado por policiais armados com fuzis e vestindo um boné, ele foi levado para o aeroporto de Assunção, onde, às 15h30 de ontem, foi colocado em um avião da força aérea paraguaia, que levou o foragido até Ciudad del Este, na fronteira com o Brasil. Dali, foi conduzido pelos agentes federais até Foz do Iguaçu.

Abdelmassih começou a ser investigado pelo Ministério Público Estadual (MPE) em 2008. Foi acusado de 56 estupros contra 37 vítimas – todas pacientes do então médico. “Uma avalanche de fatos absolutamente repulsivos e, não por outro motivo, as vítimas descreveram as sensações que possuem em relação ao mesmo como dor, raiva, asco, nojo, humilhação e medo”, escreveu a juíza Kenarik Boujikian Felippe, na sentença que o condenou em novembro de 2010.

Em 2009, o ex-médico chegou a ser preso, mas foi solto por decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A 16.ª Vara Criminal de São Paulo decidiu, em 2011, decretar novamente sua prisão, depois que o então médico pediu a renovação de seu passaporte – para a Justiça, era um indicativo de que pretendia fugir.

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“Ele fugiu quando o caso ainda estava em primeira instância, claramente para evitar o cumprimento da punição penal”, afirmou o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Elias Rosa.

Cerca de quatro meses após a fuga, a polícia acreditava que o ex-médico havia viajado para o Paraguai, depois se deslocado para o Uruguai, onde teria obtido passaporte falso para voar até o Líbano, terra natal dos seus pais – o país do Oriente Médio não tem acordo de extradição com o Brasil. No entanto, o Líbano informou à Interpol que o foragido não havia entrado no território.

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