Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Requerimentos sobre máfia da merenda estão parados há um mês na Assembleia de São Paulo

Por falta de quórum e pedido de vista, assunto está paralisado na Comissão de Educação e Cultura da Alesp

Por Rafaela Lara
20 abr 2016, 17h21

Devido a um pedido de vistas e falta de quórum, a Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) ainda não analisou sequer um dos nove requerimentos sobre as fraudes da merenda em São Paulo. Desde o início de março, os deputados que formam a comissão estão com os pedidos protocolados para que os envolvidos possam prestar esclarecimentos sobre o esquema de propina descoberto em janeiro deste ano através da operação Alba Branca, da Polícia Civil.

Segundo a deputada estadual Rita Passos (PSD), presidente da Comissão de Educação e Cultura, a reunião desta terça-feira teve quorum, mas um impasse entre os deputados impediu a análise. “Houve uma discussão entre os legisladores que travou todo o processo. Esse impasse provocou um atraso e fez com que não chegássemos nem ao terceiro assunto da reunião que não tinha relação com esses requerimentos”, afirmou.

A discussão começou quando o deputado estadual Carlão Pignatari (PSDB) pediu vistas com a justificativa de que a Constituição não permite convocar ex-funcionários do Estado que, no caso, são o ex-chefe de gabinete da Secretaria de Educação de São Paulo, Fernando Padula, e o ex-secretário de Educação, Herman Voorwald, citados nas investigações como recebedores de propina. Ele alega que Padula e Voorwald devem ser convidados e não convocados. Líder da bancada do PSDB na Alesp, Pignatari não é membro da comissão, mas alega que foi até a Assembleia “com o objetivo de fazer com que os envolvidos sejam ouvidos pela comissão de acordo com a Constituição”.

A reunião de terça-feira foi a segunda em 2016 a atingir o número de deputados necessários. Para haver quórum, é necessária a presença de seis dos 11 deputados que formam a comissão. Desde 8 de março, data da primeira reunião, nove requerimentos relacionados ao escândalo das merendas aguardam análise. A próxima reunião, que acontecerá em 26 de março, não tratará sobre os requerimentos devido a outra pauta agendada. O assunto poderá ser retomado em maio.

LEIA TAMBÉM:

Continua após a publicidade

Ex-presidente da Assembleia de São Paulo é preso por fraude na merenda

Máfia da merenda: em foto, funcionário da Coaf ostenta dinheiro de propina

Máfia da Merenda – O esquema de propina nas merendas das escolas públicas de São Paulo foi descoberto após a instauração da operação da Polícia Civil batizada de Alba Branca, deflagrada em janeiro. A operação investiga fraudes em contratos para o fornecimento de merenda em troca de propina para agentes públicos.Desde então, o deputado Fernando Capez (PSDB), presidente da Alesp, é um dos investigados. Ele é citado em grampos telefônicos entre lobistas e funcionários públicos. Devido ao foro privilegiado, investigação de Capez segue no Tribunal de Justiça do Estado.

A “máfia da merenda”, como ficou conhecido o esquema, atuava em pelo menos 22 cidades do interior e da região metropolitana de São Paulo. Integrantes da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), que comandavam o esquema sob direção de Cássio Chebabi, já confirmaram em delações premiadas o envolvimento de funcionários públicos paulistas e políticos além de Capez. Segundo o Ministério Publico, a Coaf assinou cerca de 7 milhões de reais em contratos para fornecimento de merenda, mas parte deste valor era destinado ao pagamento de propinas.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.