Rachadura em ponte isola cidades do norte do Rio
Única opção para o tráfego é estrutura metálica provisória na RJ-116, em Bom Jardim, com passagem para apenas um veículo
A opção para o transporte de cargas é um percurso adicional de 300 quilômetros, por Campos dos Goytacazes
Um mês e meio depois da chuva que devastou as cidades da região serrana do Rio, a comunicação das cidades do norte do estado com a capital voltou a ser prejudicada. Uma ponte da RJ-116, na altura da localidade de Banquete, que vinha sendo usada para o tráfego de caminhões e veículos pesados, apresentou rachaduras e teve de ser interditada. Desde então, a única opção para o transporte de passageiros, carga e veículos de passeio dos municípios ao norte de Nova Friburgo é uma ponte metálica emergencial, com passagem para apenas um veículo.
A interrupção do trânsito isola as indústrias de cimento, laticínios e o escoamento da produção agrícola das cidades de Cordeiro, Cantagalo, Macuco, Duas Barras e Bom Jardim – bem como todo o tráfego de caminhões e ônibus que chega ao Rio pela divisa norte do estado, usando a RJ-116.
A opção para o transporte de cargas é um percurso adicional de 300 quilômetros, por Campos dos Goytacazes.
O gargalo do trânsito se forma na ponte metálica instalada pelo Exército em Bom Jardim, na altura do bairro Bem-te-vi, que é, desde o temporal de 12 de janeiro, a única ligação entre as duas partes da cidade separadas pelo Rio Grande. A força da enxurrada destruiu as três pontes sobre o Rio Grande que atendiam a cidade.
Sem conseguir trafegar dentro da cidade, moradores cogitam interromper o tráfego para cobrar a construção de uma nova ponte. Mesmo com o tráfego prejudicado, a concessionária Rota 116, que explora a concessão da rodovia, mantém a cobrança de pedágio.