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PT se esquiva e André Vargas deve se explicar sozinho

O vice-presidente da Câmara não recebeu solidariedade dos colegas de partido após revelação de sociedade oculta com o doleiro Alberto Youssef

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 abr 2014, 22h29

Temendo que o caso do vice-presidente da Câmara André Vargas (PT-PR) seja similar ao de Demóstenes Torres, o senador cassado sob acusação de defender os interesses do bicheiro Carlinhos Cachoeira, petistas avaliam que cabe ao próprio deputado dar explicações sobre seu grau de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Mesmo sendo um dos próceres da sigla – e um dos mais virulentos críticos do julgamento do mensalão -, a cúpula petista hesita em sair em defesa do deputado que, em relatório da Polícia Federal, é tratado como sócio oculto de Youssef.

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‘O André deu as explicações que ele julgou apropriadas. Não é um problema do PT. É uma relação privada que ele está explicando. Não tenho o que acrescentar’, disse o presidente do PT, Rui Falcão. ‘Não gostaria de fazer qualquer comentário sem ler [as reportagens sobre as relações de Vargas e Youssef]. Não gostaria de comentar’, afirmou o recém-empossado ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini. Encurralado, Vargas informou que pretende ocupar a tribuna da Câmara nesta quarta-feira à tarde para se defender. Mais cedo, afirmara que ‘conhecer alguém há 20 anos não é crime’.

Antes da defesa do petista, uma das principais vozes do movimento “Volta Lula” no Congresso, nem mesmo os partidos de oposição arriscam um discurso mais duro. O Democratas (DEM) foi o único a subir o tom nesta terça-feira. ‘É uma situação inadmissível. Nunca um homem público pode ter um relacionamento desse nível com uma pessoa sabidamente envolvida em atitudes ilícitas, em irregularidades, em negócios ilegais’, disse o líder do partido na Câmara, Mendonça Filho (DEM-PE).

Conforme revelou reportagem do site de VEJA, as relações de Vargas com Youssef vão além do jatinho utilizado pelo parlamentar para transportar a família do petista de Londrina (PR) a João Pessoa (PB). Relatório da Polícia Federal afirma que o deputado atuava como espécie de lobista do doleiro. Nas conversas interceptadas pela PF, Youssef e Vargas demonstram ter muito mais do que uma relação de amizade. Em quase cinquenta mensagens registradas pela PF, Vargas recebe orientações do doleiro, combina reuniões e chega a passar informações das conversas que ele, como parlamentar do PT, mantinha com integrantes do governo.

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