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PT cede em alianças estaduais de olho na CPI da Petrobras

No Ceará, crise pôs fim à disputa de meses entre os irmãos Cid e Ciro Gomes, apoiados pelo PT, e o senador Eunício Oliveira (PMDB), que reivindicava o direito de disputar o governo

Por Da Redação
30 mar 2014, 17h11

A iminência da abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar irregularidades na Petrobras levou o Palácio do Planalto e o comando da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff a começar um processo de reaproximação com o PMDB, após semanas de uma intensa disputa política com o principal aliado. O objetivo é consolidar apoios no Congresso Nacional que ajudem a blindar Dilma durante a investigação. Em troca, o PT cede espaços na elaboração dos palanques regionais.

O primeiro caso a ser revisto foi justamente onde as negociações estavam mais complicadas: Ceará. No Estado, a crise na Petrobras pôs fim à disputa de meses entre os irmãos Cid e Ciro Gomes e o senador Eunício Oliveira (PMDB), que reivindicava o direito de disputar o governo. Eunício, que chegou a ser convidado para assumir o Ministério da Integração Nacional para abrir caminho para os irmãos Gomes, rejeitou a oferta feita por Dilma e afirmou que só aceitaria a candidatura ao governo. Passou, desde então, a frequentar todas as reuniões de grupos dissidentes. Mas os problemas na estatal aceleraram a solução. Com o aval da presidente, ele será o candidato da base.

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A crise na Petrobras também deverá empurrar o PT do Maranhão para uma aliança com o senador José Sarney (PMDB-AP) e com a governadora Roseana Sarney (PMDB). Na Paraíba, a ordem é levar o PT para o PMDB do senador Vital do Rêgo. Dilma decidiu que o PT deverá apoiar o candidato Veneziano do Rêgo, irmão dele, ao governo.

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A CPI da Petrobras deverá mudar também o quadro político em Goiás. O PT havia decidido que só se aliaria ao PMDB se o candidato fosse o ex-governador Iris Rezende. Mas o partido passa por uma disputa interna, com favoritismo de José Batista Júnior, o Júnior da Friboi. Há, nesse instante, uma pressão interna do PT para que o partido desista de lançar a candidatura do prefeito de Anápolis, Antonio Gomide, e apoie o nome do PMDB, mesmo que seja Júnior da Friboi.

Com essa estratégia das concessões nos Estados, o governo pretende reduzir os danos políticos que a CPI deverá causar. O mais certo deles é que Dilma vai atravessar sua campanha presidencial precisando administrar as denúncias contra a Petrobras e as revelações que as investigações forem produzindo.

(Com Estadão Conteúdo)

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