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PSD quer alistar presidente da associação comercial de SP

Afif manda recado a Rogério Amato: “Caititu fora do bando é comida pra onça”

Por Carolina Freitas
28 mar 2011, 15h50

“Sou filiado ao DEM, mas tenho de confessar que sou relapso nesse aspecto. Eu preciso tratar da minha desfiliação”, Rogério Amato, presidente da ACSP

A posse do novo presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Rogério Amato, emprestou palco nesta segunda-feira a uma mobilização de políticos ligados ao Partido Social Democrático (PSD), em processo de criação pelo prefeito Gilberto Kassab e pelo vice-governador Guilherme Afif Domingos. A entidade foi, nos últimos anos, um feudo do DEM paulista – resumido às figuras de Kassab e Afif. Com a criação do PSD e o esfacelamento do Democratas no estado, a associação tende a migrar seu poderoso apoio político e econômico para o novo partido. Uma das primeiras providências do recém-empossado presidente da ACSP será pedir desfiliação do DEM. Oficialmente, ele atribui a atitude a um procedimento burocrático, que vinha adiando. “Sou filiado ao DEM, mas tenho de confessar que sou relapso nesse aspecto. Eu preciso tratar da minha desfiliação. Não para ir para outro partido, mas para me desvincular”, disse. Segundo Amato, a ACSP tem lado, não partido. A entidade, porém, defende ideias muito similares aos Doze Mandamentos do PSD, anunciados na semana passada. “O nosso lado é de um pensamento liberal, da defesa da livre iniciativa, da liberdade de expressão e da liberdade de empreender”, disse Rogério Amato. Questionado se pretendia aderir ao PSD, o empresário disse não ter vocação para política partidária. Cuidado com a onça – Figura muito próxima a Amato, no entanto, Guilherme Afif está agindo para aproximá-lo da nova legenda. E a desfiliação do empresário do DEM indica que o trabalho de Afif produziu resultados. “Amato e eu fazemos parte do mesmo grupo há 30 anos”, afirmou o vice-governador e enviou um recado a Amato: “Caititu fora do bando é comida pra onça.” Leia também: A metamorfose de Gilberto Kassab E o “bando” de Kassab e Afif estava em peso na cerimônia de posse de Rogério Amato – também prestigiada por lideranças do PSDB, como o governador Geraldo Alckmin, que parecia pouco à vontade, e o ex-governador José Serra. Os tucanos chegaram juntos. Pela manhã, Serra acompanhou Alckmin e Kassab na inauguração de uma estação de metrô na zona oeste da capital. Insistentemente abordado pela imprensa, Serra disse dezenas de vezes que não responderia a pergunta alguma. E não explicou os motivos do silêncio. “Se eu disser porque não quero falar aí já é uma entrevista”, justificou. Leia também: PSD: Kassab promete manter aliança com PSDB Ao pé do ouvido – As conversas ao pé do ouvido competiram com os discursos feitos ao microfone durante o evento que durou duas horas. Aliado de longa data de Kassab, o deputado federal Rodrigo Garcia deixou a impressão de ter ido à cerimônia exclusivamente para uma conversa com Sidney Beraldo, chefe da Casa Civil do governo paulista. Após falar ao ouvido de Beraldo por quinze minutos, Rodrigo levantou da primeira fileira da plateia onde estava e foi embora. Em coquetel após o evento, Beraldo cochichou com Serra que, por sua vez, cochichou com Afif. Nenhum deles comentou o conteúdo das conversas.

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