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Protestos levam Exército a reduzir desfile de 7 de Setembro no Rio

Tropa será 40% menor, com uma hora a menos de apresentação. Militares informaram que estão preparados para reagir em caso de ataques

Por Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
5 set 2013, 19h55

Os protestos programados para 7 de Setembro reduziram o desfile cívico-militar no Rio de Janeiro. O contingente destinado à apresentação no centro da cidade será 40% menor este ano, com apenas 6.000 integrantes – entre militares e estudantes. O objetivo, informou o Comando Militar do Leste (CML) ao site de VEJA, é liberar a Avenida Rio Branco, antes usada como ponto de concentração das tropas, para a passagem de manifestantes. Com a redução, a duração da parada também será menor: duas horas, em vez de três. A Polícia Militar também informou ter destinado contingente mínimo para os desfiles no Rio, com apenas 200 cadetes.

Até o ano passado, a concentração do desfile da Independência ocupava a Avenida Presidente Vargas – entre a Candelária e o Itamaraty – e a Avenida Rio Branco, no Centro. Sábado, a concentração se limitará à Presidente Vargas e a um trecho da Avenida Primeiro de Março, via mais estreita, paralela à Avenida Rio Branco.

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Estão programadas três concentrações de manifestantes para o sábado: às 7h, na Avenida Presidente Vargas; às 14h, na Cinelândia; e às 17h, no Largo do Machado, local dos protestos que terminam com caminhada até o Palácio Guanabara.

Em nota, o Ministério da Defesa, o CML e o Exército Brasileiro informaram que “as Forças Armadas estão aptas a realizar, com amparo legal, ações de autodefesa da integridade física da tropa de desfile e do patrimônio da União”. Ou seja, os militares estarão preparados para reagir, no caso de ataques violentos.

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Polícia Militar – A perspectiva de protestos de grande porte, com possível interferência nas comemorações do 7 de Setembro no Rio de Janeiro, levou as autoridades de segurança do estado a preparar um esquema de reforço para o centro da cidade e vias expressas. De acordo com o coronel Paulo Henrique de Moraes, chefe do Estado Maior Operacional da Polícia Militar fluminense, o policiamento será reforçado ao longo de todo o dia de sábado, com aumento de efetivo em vias públicas consideradas estratégicas. O objetivo é, principalmente, evitar obstruções e aglomerações de manifestantes.

“Haverá uma conjugação de forças de várias agências policiais, como ocorre em grandes eventos. O reforço não será apenas na capital”, afirmou o coronel ao site de VEJA, nesta terça-feira. Moraes participou da apresentação de novas medidas propostas pela Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas (CEIV), no Ministério Público Estadual.

As páginas de movimentos que convocam manifestações, no Facebook, indicam que integrantes do Black Bloc planejam participar dos protestos. Há vários vídeos com chamados para os manifestantes, um deles com imagens incitando a violência, com animações em que a cabeça do govenador Sérgio Cabral é explodida; o prefeito Eduardo Paes é atropelado e o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) é empalado. Outro vídeo convoca para o “setembro negro”. As redes sociais estão sendo monitoradas pelos serviços de inteligência das polícias Militar e Civil.

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“Muitos dados estão chegando a respeito de uma movimentação nacional no feriado de 7 de setembro. Os setores de inteligência estão mapeando tudo. Tivemos inúmeras reuniões. Não posso antecipar, mas o planejamento está traçado. Estamos detalhando a parte operacional”, disse o oficial da PM, sem dar detalhes.

Anonimato – Apesar de ter sido adiada a sessão da Assembleia Legislativa que votaria o projeto de lei proibindo o uso de máscaras, a exemplo do que ocorre em Pernambuco, decisões judiciais obtidas pela Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas (CEIV) tentam combater o anonimato tanto por parte dos manifestantes como da Polícia Militar.

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Promotores de Justiça obtiveram autorização da Justiça para que os policiais militares exijam a identificação de pessoas mascaradas durante os protestos e possam conduzi-las à delegacia para a realização da identificação criminal. Na delegacia, o mascarado é fotografado, tem as impressões digitais coletadas e passa a fazer parte de um banco de dados da CEIV, que auxiliará na identificação dos acusados de depredações após os protestos.

Os policiais militares também estão proibidos de atuar sem identificação e farda. Diferentemente do que chegou a ser divulgado segunda-feira pelo Ministério Público, o P2 não está impedido de realizar prisões. Mas quando o fizer deverá se identificar e conduzir o detido à delegacia – em protestos anteriores, os policiais do serviço reservado prendiam acusados de vandalismo e os repassavam a PMs para que fossem conduzidos.

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