Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

PR: Marcado júri de ex-deputado que matou duas pessoas

Investigação mostrou que Carli Filho dirigia embriagado a 167 km/h quando seu carro se chocou contra outro veículo; acidente provocou comoção no Paraná

Por Jean-Philip Struck
29 jan 2013, 19h29

A Justiça paranaense marcou para o dia 26 de março a realização do júri do ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho. Responsável por um acidente de trânsito que provocou a morte de dois jovens em Curitiba, em 2009, ele será julgado por duplo homicídio com dolo eventual (quando o réu assume o risco de produzir o dano).

O acidente envolvendo o então deputado Carli Filho, de 29 anos, membro de uma influente família de políticos da região central do Paraná, causou bastante comoção no estado e se tornou nos anos seguintes uma cause célèbre de familiares das vítimas do acidentes. Há dois anos, a defesa do deputado tem adiado o júri por meio de recursos. Se condenado, ele pode pegar pena de 6 a 20 de prisão em regime fechado.

Na noite de 7 de maio de 2009, após deixar um restaurante na região central de Curitiba, Carli Filho bateu seu carro contra outro veículo, causando as mortes de Gilmar Rafael Yared, de 26 anos, e Carlos Murilo de Andrade, de 20 anos.

Alta velocidade – Investigações da polícia apontam que Carli dirigia embriagado a 167 km/h quando se chocou contra outro automóvel – o limite da via era 60 km/h. A força da colisão foi tanta que o carro do deputado, que era blindado, subiu em cima do outro veículo, arrancando sua parte superior e decapitando os dois jovens que estavam no carro. Ainda segundo a polícia, Carli Filho andava com a carteira de habilitação suspensa por exceder o total de pontos permitidos -totalizava 130 pontos, acima dos 20 estabelecidos para que a habilitação seja suspensa.

O ex-deputado ficou ferido no acidente e passou um mês internado em São Paulo. Antes mesmo de receber alta, foi levado ao Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná, mas renunciou ao mandato antes do julgamento do processo de cassação. Em depoimento à polícia, o ex-deputado afirmou que não se lembrava de como ocorreu o acidente.

Continua após a publicidade

Defesa – O advogado Elias Mattar Assad, que representa as famílias dos jovens e atua como assistente da acusação, afirma que está confiante no caso e que a data do júri deve ser mantida. A defesa ainda recorre no Superior Tribunal de Justiça (STJ) da decisão que determinou que o ex-deputado fosse levado à júri, mas a ação não tem efeito suspensivo – até ser julgada, a data do júri em março seguirá inalterada.

“Nós temos todas as provas, provas testemunhas, temos provas técnicas, temos provas de que ele bebeu. O processo é uma Mona Lisa, tudo que foi alegado pode ser provado”, disse Assad ao site de VEJA. “O trânsito é um lugar onde você demonstra cidadania. O caso vai mostrar que todos são iguais perante a Justiça.”

A reportagem não conseguiu contato com a defesa do deputado.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.