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População cresceu 12% nos últimos dez anos

IBGE registra 190.732.694 pessoas em todo o Brasil. Crescimento foi inferior ao observado na década anterior. Mais da metade da população brasileira considera-se preta ou parda

Por Da Redação
29 jun 2012, 10h52

Entre as pessoas de 15 a 24 anos, a discrepância no acesso a níveis de ensino mudou conforme a cor. No nível superior, foram registrados 31,1% de brancos, 13,4% de pardos e 12,8% de pretos. “A desigualdade no acesso ao ensino superior em relação aos pretos e pardos com idade entre 15 a 24 anos mostra que toda a discussão de cotas e as políticas afirmativas não tiveram tanto efeito. A diferença ainda é muito grande”, explica a pesquisadora do IBGE Ana Saboya

O Censo 2010 divulgado nesta segunda-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registra 190.732.694 pessoas em todo o Brasil. Em dez anos, o aumento da população foi de 12,3%, em números absolutos isso significa 20.933.524 pessoas. O crescimento foi inferior ao observado na década anterior. Entre 1991 e 2000, a população brasileira aumentou 15,6%. A região Sudeste ainda é a mais populosa do Brasil, com 80.353.724 pessoas. São Paulo tem a maior população, com 41.252.160 pessoas. Roraima é o estado menos populoso, com 451.227 pessoas.

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A diferença entre o número de homens e mulheres na população também aumentou. Atualmente, há 96 homens para cada 100 mulheres, ou seja, a população feminina ultrapassa em 3,9 milhões a masculina. Em 2000, eram 96,9 homens para casa 100 mulheres. No total, o Censo contabilizou 97.348.809 mulheres e 93.406.990 homens no país.

Cidades — A parcela de população que hoje vive na área urbana também é maior. Em 2000, 81% dos brasileiros, ou 137.953.959, viviam em áreas urbanas, agora são 84%, que representam 160.879.708. Em 2010, entre os municípios, 67 tinham 100% de sua população vivendo em área urbana e 775 com mais de 90%. Em 2000, 56 municípios tinham 100% de sua população nas cidades — 38 tinham mais de 90%.

Mais da metade da população brasileira considera-se preta ou parda. Em 21 estados, esse percentual foi maior do que a média nacional, que é de 50,7%. No total de brasileiros, 47,7% se declararam brancos, 43,1% pardos, 7,6% pretos, 1,1% amarelos e 0,4% indígenas.

O Pará foi a unidade da federação que registrou a maior proporção de negros e pardos, com 76,8%. Em seguida estava Bahia (76,3%) e Maranhão (76,2). No Norte, a população que se denomina parda foi maioria. Na outra ponta, aparecem os estados que tem mais da metade de sua população declarada branca: Santa Catarina (84%), Rio Grande do Sul (83,2%), Paraná (70,3%) e São Paulo (63,9%).

O censo mostrou que a população indígena estava concentrada nas áreas rurais (60,8%)- enquanto apenas 15,6% do total da população residiam nesses mesmos lugares. Entre os que se declararam brancos, ampla maioria morava em área urbana (88,1%) contra os 11,9% que viviam no campo.

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Educação – Entre as pessoas de 15 a 24 anos, a discrepância no acesso a níveis de ensino mudou conforme a cor. No nível superior, foram registrados 31,1% de brancos, 13,4% de pardos e 12,8% de pretos. “A desigualdade no acesso ao ensino superior em relação aos pretos e pardos com idade entre 15 a 24 anos mostra que toda a discussão de cotas e as políticas afirmativas não tiveram tanto efeito. A diferença ainda é muito grande”, explica a pesquisadora do IBGE Ana Saboya.

O estudo mostra que metade das pessoas entre 15 e 24 anos que frequentava a escola estava no ensino fundamental quando, na verdade, deveriam cursar o ensino médio. Na mesma faixa etária, o problema do analfabetismo pôde ser percebido em maior peso entre os pretos (14,4). Os brancos apresentaram menores índices (5,9%).

Trabalho e renda – Em relação ao rendimento, a desigualdade também foi verificada. No sudeste, os brancos recebiam rendimentos duas vezes maiores do que os pretos e 2,1 vezes maiores do que os pardos.

(Com reportagem de Cecília Ritto)

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