PM já prendeu 25 em operação na favela de Paraisópolis
Na ação, que vai durar um mês, também foram apreendidos quase 300 kg de maconha e cocaína; em madrugada violenta, policial civil é baleado na capital
A Polícia Militar prendeu 25 pessoas em flagrante durante a Operação Saturação na favela de Paraisópolis, Zona Sul de São Paulo, segundo boletim divulgado na tarde desta sexta-feira. A ação que combate a escalada de violência na cidade foi iniciada na madrugada de segunda-feira. Mais de 500 policiais participam da operação.
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Segundo a PM, já foram apreendidas 15 armas, 324 munições, 24 quilos de cocaína, 254 quilos de maconha e 50 unidades de drogas sintéticas. A operação conta com policiais do Batalhão de Choque e do 16º Batalhão de Policia Militar. Estão sendo usados 100 carros, 2 caminhões, 28 motocicletas, 8 cães e 60 cavalos e um helicóptero Águia.
Expansão – Na quinta-feira, a operação foi extendida para os bairros de Campo Limpo e Capão Redondo, também na Zona Sul da cidade. Cerca de 300 policiais foram escalados para trabalhar nestas regiões. A operação em Campo Limpo e no Capão Redondo começou às 17 horas desta quinta-feira e terminou às 6 horas desta sexta-feira. No total, 1.071 pessoas foram abordadas e três presas em flagrante. Foram apreendidas duas armas, sete munições, cinco quilos de cocaína e 1,3 quilos de maconha.
Na noite desta quinta, os governos estadual e federal anunciaram que atuarão em conjunto para conter a onda de crimes em São Paulo. A oferta foi feita pelo Planalto. A presidente Dilma Rousseff (PT) telefonou para o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e sugeriu a elaboração de um plano integrado de segurança pública.
Policial – Em mais uma madrugada de crimes, um policial civil foi baleado na Avenida Inajar de Souza, no Limão, Zona Norte de São Paulo, na noite de quinta-feira. Segundo a PM, a vítima estava em uma moto e foi baleada nas costas. Os suspeitos também pilotavam uma motocicleta e fugiram sem levar nada. O policial, lotado no 72º DP (Vila Penteado), foi internado no Hospital das Clínicas. Os suspeitos ainda não foram identificados.
A Polícia Civil vai investigar se o ataque tem relação com a onda de violência contra policiais na capital paulista. Só neste ano foram mortos mais de 80 policiais. Nesta semana, o governo de São Paulo admitiu, pela primeira vez, que traficantes da favela de Paraísópolis ordenaram atentados contra policiais militares na capital.
(Com Estadão Conteúdo)