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PF desmantela esquema de fraudes em RO; governador é levado para depor

Prejuízo causado pelas fraudes em licitações aos cofres do Estado é estimado em 57 milhões de reais. Dinheiro abastecia caixa de campanha do PMDB local

Por Da Redação
20 nov 2014, 09h13

A Polícia Federal cumpre na manhã desta quinta-feira mandado de condução coercitiva do governador de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB). Ele será levado para prestar depoimento na Superintendência da PF no Estado e liberado em seguida. A ação da PF ocorre dentro da Operação Plateias, que desarticulou organização criminosa formada por lobistas e agentes públicos responsáveis por desvio de verbas públicas e direcionamento de licitações. O prejuízo aos cofres do Estado é estimado em 57 milhões de reais. O governador tem como seu principal aliado no Estado o senador Valdir Raupp, que é primeiro vice-presidente do PMDB, maior partido da base de apoio ao governo federal.

A investigação, iniciada em 2012, apurou que empresas interessadas em participar nos processos licitatórios no Estado precisavam doar financeiramente, formal ou informalmente, para campanhas eleitorais. As licitações eram direcionadas para serem vencidas por empresas do esquema. Foi criado até um “fundo da propina”, que chegava a movimentar 2 milhões de reais por mês. Os contratos corrompidos ocorreram em secretarias da Saúde e Justiça, entre outras, e superam 290 milhões de reais. O esquema abastecia o caixa de campanhas do PMDB no Estado.

O dirigente do PSDB no Estado de Rondônia e ex-senador Expedito Júnior, que disputou o segundo turno das eleições para o governo local neste ano, também é investigado. A PF cumpre mandado de busca e apreensão na casa dele e também há mandado de condução coercitiva para que Expedito Júnior preste depoimento sobre as denúncias do esquema criminoso, formado por lobistas e agentes públicos para desviar verbas públicas e direcionar licitações no Estado. A defesa do ex-senador informou à PF que ele está em uma fazenda dele na cidade Ji-Paraná e que vai se apresentar à polícia no município.

Aproximadamente 300 policiais cumprem 193 mandados judiciais: 163 de condução coercitiva; 26 de buscas; e quatro de prisão temporária. A Operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras, por exemplo, cumpriu 85 mandados judiciais. Os mandados da Operação Plateias são cumpridos em Rondônia, no Acre, Amazonas, na Bahia, em Goiás, no Pará, Rio de Janeiro, em São Paulo, Sergipe e no Distrito Federal. Uma das conduções coercitivas ocorre na Espanha. Em Brasília, foi preso o suspeito de distribuir o dinheiro da corrupção. O suspeito preso não teve seu nome revelado.

(Com Estadão Conteúdo)

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