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Planalto monta ‘gabinete de crise’ para acompanhar atos

Nos corredores da sede do Executivo, os últimos dias foram batizados de 'semana do fim do mundo'

Por Da Redação
15 mar 2015, 10h22

O governo montou uma espécie de ‘gabinete de crise’ para acompanhar as manifestações de hoje. No Planalto, os últimos dias foram batizados de “semana do fim do mundo”. Da CPI da Petrobras às vaias dirigidas a Dilma Rousseff, em São Paulo, tudo parece conspirar contra a presidente. Pesquisas internas mostram uma deterioração maior da imagem de Dilma. Sua popularidade está em queda livre e, com apenas dois meses e meio de segundo mandato, ela perde apoio em todas as camadas da população, e não só na classe média. O receio do governo, nas manifestações de hoje, é com o quebra-quebra, o vandalismo e o aumento do tom contra Dilma.

Auxiliares da presidente admitem que o cenário político atual é “muito pior” do que o de junho de 2013, quando ocorreram vários protestos pelo País. O diagnóstico reservado é um só: diante de uma rebelião na base aliada do governo e do mau humor dos eleitores, qualquer fagulha pode se espalhar como fogo no canavial. Levantamentos em poder do governo indicam que a população não aguenta mais tanta denúncia de corrupção, lamenta a perda de prestígio da Petrobras, reclama da inflação e associa a classe política à roubalheira.

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Surpreendida com o “panelaço” do último domingo, quando fazia um pronunciamento no rádio e na TV – no qual pediu “paciência” com a crise -, Dilma convocou os ministros que compõem a coordenação do governo para ficarem de prontidão, hoje, em Brasília. À noite haverá uma reunião da presidente com os auxiliares, no Palácio da Alvorada, que servirá de termômetro para os próximos passos. A manifestação de sexta-feira, puxada por CUT, MST, UNE e movimentos sociais, foi vista no Planalto com alívio. “Foi um movimento pacífico, mesmo em São Paulo”, observou Miguel Rossetto, ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Os motes daqueles atos eram a defesa da Petrobras, dos direitos trabalhistas e da reforma política.

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A expectativa é que o maior foco do protesto de hoje também esteja em São Paulo, Estado governado pelo PSDB e reduto anti-PT. Em jantar com Dilma no Alvorada, terça-feira passada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aconselhou a sucessora a lançar o mais rápido possível uma “agenda do crescimento”, para se contrapor às medidas amargas do ajuste fiscal. “Até hoje nós não sabemos o que aconteceu em junho de 2013. E se todo o protesto contra tudo o que está aí vier agora com mais força?”, disse Lula a Dilma.

Para o ex-presidente, Dilma errou ao fazer um pronunciamento muito longo, no Dia da Mulher, sem indicar claramente onde o governo quer chegar com o sacrifício imposto à população. Lula acredita que, se o governo não vender esperança nem criar um ambiente de estímulo aos investimentos, o pessimismo vai continuar. No diagnóstico de Lula, a CPI da Petrobras, mesmo esvaziada, tem potencial para criar fatos políticos e prejudicar ainda mais o PT e o Planalto.

Reflexão – O PT também pretende promover reuniões com os dirigentes para decidir os próximos passos, segundo o presidente nacional da legenda, Rui Falcão. “O Brasil muda, o PT muda com o Brasil”, afirmou, ao chegar ontem a evento do diretório gaúcho, em Porto Alegre. “No final do mês eu pretendo chamar todos os presidentes estaduais para uma reflexão sobre a conjuntura”. De acordo com Falcão, Lula vai ajudar nas discussões sobre os rumos do PT.

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(Com Estadão Conteúdo)

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