Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

PF pede ao STF para investigar o ministro do Trabalho

Manoel Dias, do PDT, é suspeito de comandar um esquema de desvios de recursos do ministério para empregar funcionários fantasmas

Por Da Redação
3 mar 2014, 11h27

Um inquérito concluído pela Polícia Federal reúne indícios de participação do ministro do Trabalho, Manoel Dias, em um esquema de desvios de recursos da pasta. De acordo com a PF, militantes do PDT, partido de Dias, foram empregados como funcionários fantasmas de uma entidade que firmou convênios com o ministério, movimentando 11 milhões de reais.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a PF pediu explicações ao ministro, mas não pôde intimá-lo por que ele detém foro privilegiado. Caberá à Justiça Federal em Santa Catarina decidir se enviará ou não o caso Supremo Tribunal Federal (STF). Só após a manifestação do Supremo é que o ministro poderá ser formalmente investigado.

A investigação da PF começou a partir de revelações de um ex-dirigente do PDT, em setembro do ano passado. Ex-presidente da Juventude do partido em Santa Catarina, John Sievers – que à época era presidente do diretório estadual do PDT – afirmou que, em 2008, recebeu pagamentos mensais da Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Rio Tijucas e Itajaí Mirim (ADRVale), com sede em Brusque (SC) e comandada por pedetistas. Na prática, porém, prestava serviços à Universidade Leonel Brizola, lidada ao PDT.

Segundo Sievers, os pagamentos foram feitos a mando do hoje ministro. “Quem me passou (as orientações) foi o Manoel (Dias). Meu salário foi pago através da ADRVale”, afirmou.

Com base eleitoral em Santa Catarina, Dias nega ter dado ordem para as irregularidades e diz não temer a abertura de um inquérito: “Nunca me envolvi em corrupção”, disse. Na época do surgimento das denúncias, Dias enfrentou pressões, inclusive do seu partido, para renunciar ao cargo.

Continua após a publicidade

Documentos – Sievers entregou à polícia extratos bancários e afirmou ter recebido da ADRVale, após acerto com Dias, valores que variam de 800 reais a 1.335 reais, entre fevereiro e outubro de 2008, na condição de “vigilante” e “assistente”. Na prática, segundo sua versão, viajava a cidades do interior a serviço da universidade do partido, que também era comandada pelo agora ministro do Trabalho.

Cinco ex-dirigentes da ADRVale, hoje inativa, foram indiciados por formação de quadrilha, peculato e dispensa indevida de licitação.

À Justiça, a PF relatou que o governo sonegou dados do convênio. Além disso, não enviou dados sobre a análise da prestação de contas. A pasta alega não ter recebido informações completas porque um incêndio atingiu as instalações da ADRVale.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.