Parada Gay reunirá público de 3 milhões neste domingo

'Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia', pedem os organizadores

Por Da Redação
26 jun 2011, 09h43

**1/10** Manifestantes da Parada Gay ironizam o deputado Jair Bolsonaro *(Folhapress/VEJA)*

**2/10** Público participa da 15ª Parada do Orgulho Gay em São Paulo *(Anderson Barbosa/Fotoarena/VEJA)*

**3/10** Parada Gay na Avenida Paulista *(Folhapress/VEJA)*

Público participa da 15ª Parada do Orgulho Gay em São Paulo<br> — **5/10** Público participa da 15ª Parada do Orgulho Gay em São Paulo
*(Anderson Barbosa/Fotoarena/VEJA)*

A 15ª edição da Parada Gay de São Paulo acontece neste domingo, a partir do meio-dia. Os organizadores do evento estimam que 3 milhões de pessoas se reúnam para acompanhar o desfile, que começa na Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), e segue pela Rua da Consolação até a Praça Roosevelt, no centro da cidade. Serão dezesseis trios elétricos com música e discursos para animar os participantes. O evento está entre os três maiores acontecimentos turísticos da cidade, junto com a Fórmula 1 e a Virada Cultural.

O trânsito da região está sendo monitorado desde as 21 horas de sábado e o trabalho segue até as 3 horas de segunda-feira, de acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). A Polícia Militar organizou uma operação especial para monitorar o trajeto da parada e as imediações do evento. Ruas e avenidas dos bairros vizinhos ao desfile serão interditadas a partir das 10 horas.

A Parada Gay deste ano tenta resgatar o viés político do evento. Após a aprovação da união estável homoafetiva pelo Superior Tribunal Federal (STF) em maio, os militantes buscam agora a aprovação no Congresso do Projeto de Lei Complementar (PLC) 122, que criminaliza a homofobia.

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Uma referência à Bíblia feita no tema da parada causou controvérsia entre religiosos e representantes do movimento gay: “Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia”. Em carta, a Associação da Parada do Orgulho GLBT (APOGLBT) de São Paulo justificou: “Respeitosamente, nos apropriamos da frase ‘Amai-vos uns aos outros’ para pedir fim à guerra entre religião e direitos humanos, financiada por aqueles que dão voz aos fundamentalistas e extremistas que ocupam as cadeiras do Parlamento.”

Cancelamento – O show da cantora Wanessa, que encerraria o evento às 19 horas, no Vale do Anhangabaú, foi cancelado pela Prefeitura. A empresa São Paulo Turismo (SPTuris) alegou não dispor de verba suficiente para financiar a infraestrutura necessária para a apresentação e a Polícia Militar informou não ter o contingente adequado para garantir a segurança do público.

(Com Agência Estado)