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Pai e madrasta são presos acusados de matar menino com injeção letal

Polícia suspeita de envolvimento do pai na morte da mãe do menino, há quatro anos. Enterro será nesta quarta-feira

Por Da Redação
16 abr 2014, 12h13

A localização do corpo do menino Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, na noite de segunda-feira, encerrou uma busca que já durava dez dias e comoveu o Rio Grande do Sul. A polícia afirma ter evidências de envolvimento do pai, da madrasta e de outra mulher no crime. Eles foram presos na noite de terça-feira. O corpo de Bernardo será sepultado na manhã desta quarta em Santa Maria, no mesmo túmulo em que está o corpo da mãe, morta há quatro anos.

A investigação da polícia de Três Passos, no noroeste do Estado, corre em segredo de Justiça e deve esclarecer o que teria levado os suspeitos a cometer o crime, qual foi a participação exata de cada um no desaparecimento e se o garoto foi morto por aplicação de injeção letal. A polícia fez buscas na casa onde Bernardo morava com o pai, o médico cirurgião Leandro Boldrini, e a madrasta, a enfermeira Graciele Boldrini. Na perícia feita na casa de uma amiga do casal, Edelvania Wirganovicz, foram encontradas uma pá e uma cavadeira. Foi ela quem levou a polícia ao local onde o corpo do menino estava enterrado. Ela também contou que Bernardo foi morto com uma injeção letal.

O sumiço de Bernardo foi comunicado à polícia pelo pai no domingo quando ele teria percebido que o menino não voltava depois de passar o fim de semana na casa de vizinhos. Pelos dez dias seguintes os moradores da cidade se mobilizaram em campanhas pela localização do garoto. A investigação policial encontrou contradições entre os depoimentos dos familiares e descobriu que, em 4 de abril, dia em que Bernardo teria saído de casa, a madrasta foi multada por excesso de velocidade em uma viagem a Frederico Westphalen, a 80 quilômetros de Três Passos. Policiais rodoviários informaram que a criança estava no carro na ocasião. Na noite de segunda-feira, os policiais encontraram o menino morto, enterrado em um saco de plástico em um matagal próximo de um riacho em Frederico Westphalen. Também cumpriram mandados de prisão temporária contra o médico, a madrasta e a amiga da madrasta.

A delegada Caroline Bamberg Machado, responsável pelo caso, disse na terça-feira que, para não prejudicar o trabalho da polícia, não daria detalhes da investigação – mas demonstrou convicção de que os três presos estão envolvidos com o crime. A polícia investiga também as circunstâncias em que a mãe do garoto, Odilaine Uglione, morreu. Ela teria cometido suicídio com um tiro na cabeça dentro da clínica em que o pai de Bernardo trabalhava.

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Professores, vizinhos e colegas descrevem Bernardo como um garoto educado e atencioso, mas também revelam algumas situações de carência afetiva. No final do ano passado, a pedido do Conselho Tutelar, o Ministério Público Estadual (MPE) tratou do caso e, em fevereiro deste ano, chegou a propor que a avó materna, moradora de Santa Maria, ficasse com a guarda do menino. A promotora Dinamárcia de Oliveira contou que ele não se queixava de agressões físicas, mas de descaso do pai e da implicância da madrasta e queria morar com outra família. À época, segundo a promotora, o pai propôs uma retomada da relação e o menino concordou.

Bernardo tinha uma meia-irmã, de um ano e meio, filha do pai e da madrasta.

(Com Estadão Conteúdo)

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