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Delegado e policiais cobravam propina para facilitar vida de presos em carceragem no interior do Rio

Grupo criou taxas para conceder benefícios aos detentos, como visitas íntimas e liberdade temporária. Doze dos 16 envolvidos foram presos

Por Rafael Lemos
8 nov 2011, 15h36

Um esquema de corrupção comandado por policiais civis e detentos transformava carceragens da Polinter no estado do Rio de Janeiro em verdadeiras colônias de férias. O grupo, composto por 16 pessoas, atuava na base de Nova Friburgo, na região serrana, que foi fechada há cerca de dois meses devido às denúncias. Eles cobravam taxas para permitir visitas normais e visitas íntimas, e detinham o controle da transferência de presos para outras unidades.

Para evitar uma transferência, os detentos precisavam pagar de 1.600 a 3 mil reais. Já as visitas íntimas custavam 10 reais por hora. Também era possível comprar a liberdade temporariamente e sair para visitar a família ou, até mesmo, desenvolver atividades comerciais.

Uma das escutas telefônicas flagrou o preso Lúcio Paulo Nunes Ribeiro gabando-se das regalias que conseguia através do esquema. “Numa gravação feita agosto, um dos presos da operação dizia que tinha uma vida muito boa e que a Polinter de Nova Friburgo era um spa. Ele contava que, antes de voltar para a prisão, ainda parava para tomar um chopp ali perto”, afirmou o promotor Décio Alonso Gomes.

Foi através dessas saídas que o mesmo detento chegou a abrir uma franquia de loja num shopping de Niterói, na região metropolitana. Outro preso, o ex-PM Luis Flávio Júnior, aproveitou a liberdade para roubar 8.500 reais numa “saidinha de banco”, no bairro Leblon, na zona sul da capital.

A Operação Faró prendeu, na manhã desta terça-feira, 12 pessoas, incluindo o delegado Renato Soares Vieira. Coordenador do Núcleo de Controle de Presos (NUCOP), ele é apontado como o responsável pelo esquema em Nova Friburgo e também nas unidades de Nova Iguaçu e Araruama. A cúpula do esquema ainda incluía Luiz Cláudio Pereira, oficial de cartório que exercía função de assessor de Renato; Ernani de Souza Gomes, inspetor de Polícia e ex-chefe da base da Polinter de Friburgo; a Antônio Carlos Ferreira, também inspetor e ex-chefe da Polinter no município.

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