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O significado de ter Francisco, o papa dos pobres, entre nós

Em sua tão aguardada visita ao Brasil, o papa jesuíta de alma franciscana, defensor da humildade e das oportunidades aos pobres, espera que suas atitudes e palavras motivem os jovens do mundo a agir como verdadeiros cristãos

Por Helena Borges e Adriana Dias Lopes, de Roma
20 jul 2013, 08h35

Na Santa Sé, às vésperas do início da Jornada Mundial da Juventude, o grande encontro católico que o Rio de Janeiro sedia a partir desta terça-feira, 23, o ambiente em torno de seu mais ilustre visitante, o papa Francisco, variava conforme o gabinete. Da parte dos prelados que tocam o dia a dia da Cúria Romana, a sensação é de alívio: Francisco, enfim, vai lhes dar um respiro. Desde que foi escolhido papa, em março, será a primeira vez que ele se ausenta mais do que um dia do Vaticano. Mergulhado na cobrança de uma nova postura ética e moral do clero e nos preparativos de uma ampla reforma na Cúria prevista para outubro, Francisco abriu mão das tradicionais férias de verão em Castel Gandolfo e vem trabalhando – e dando trabalho – intensamente. Para esses funcionários, portanto, a semana que ele passará no Rio será relaxante. Já para o pontífice e seus conselheiros, os últimos dias em Roma foram de grande agitação. A expectativa de que as manifestações populares no Brasil não darão trégua, e talvez até recrudesçam, alçou a questão da segurança a primeiríssimo plano. Mas que fique claro: não é porque Francisco se sente ameaçado. Ele até fez pequenas adaptações no plano original, mas resiste em mudar o roteiro que o coloca por mais de uma vez em picadeiros tumultuados – este pontífice gosta de multidões e faz absoluta questão de acolher e ser acolhido pelos fiéis, de preferência bem de perto.

O papa jesuíta de alma franciscana também terá a chance de exercer aqui sua catequese em favor dos pobres. Seu público no Rio são mais de 1 milhão de jovens peregrinos, que na semana passada começavam a ser vistos na cidade fazendo turismo antes de os trabalhos começarem. Sendo esta uma Jornada da Juventude e sendo os jovens os motores das manifestações de rua no Brasil, o pontífice vai aproveitar para transmitir a ambos, devotos católicos e portadores de cartazes indignados, seu apoio a quem protesta contra a corrupção e as más condições da saúde e da educação, bandeiras defendidas pelo paladino da justiça social que sempre foi, desde os tempos de arcebispo em Buenos Aires. Também cobrará da classe política uma mudança de atitude. O papa é seguidor e arauto dos nobres princípios franciscanos (não escolheu à toa o nome que tem), praticante da ética rigorosa, da simplicidade espartana e do compromisso com os destituídos que são a marca do mais popular dos santos – aquele que trocou uma existência de luxo pela renúncia aos bens materiais. Francisco, como o santo que o inspira, prega uma igreja aberta, devota, atenta aos fiéis. Critica com frequência as desigualdades sociais. Pautou-se por esses altos ideais durante toda a sua vida religiosa e agora os pratica na cúpula vaticana com uma intensidade até perturbadora para prelados desacostumados. Ao se apresentar assim no Rio de Janeiro, estará firmando uma imagem de pontífice popular, carismático e forte – o perfil mais adequado para atrair à Igreja Católica os jovens brasileiros que vêm se desgarrando dela há anos.

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