Obras de arte de Edemar Cid Ferreira vão a leilão
As 48 peças que serão vendidas no exterior valem 4,3 milhões de reais
Quarenta e oito obras de arte, avaliadas cada uma entre 12.000 e 300.000 reais, que decoram a casa do ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, ex-dono do Banco Santos, liquidado em 2004, vão a leilão nos próximos dois meses. A decisão foi determinada pelo juiz da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais Paulo Furtado de Oliveira Filho, em despacho emitido em 23 de fevereiro.
Entre as peças, há obras de artistas como o brasileiro Vik Muniz, o chileno Claudio Bravo e o americano David Salle. Os valores foram determinados por um perito contratado pela administração da massa falida que gerencia os bens que eram de Edemar e suas empresas. Segundo a avaliação enviada ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, as obras valem aproximadamente 4,3 milhões de reais no total. As peças serão comercializadas fora do Brasil. O administrador da massa falida, Vânio Aguiar, entrou em contato nesta semana com as casas de leilões Sotheby´s e Cristie´s para que ambas avaliem as obras que serão vendidas no exterior. As duas casas terão trinta dias para fazer suas ofertas e o leilão deve acontecer no mês seguinte.
O perito avaliou ao todo 969 itens que estão na mansão do ex-banqueiro, localizada no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo. Chegou a um total de 24,7 milhões de reais em obras de arte, mobílias e utras peças. Além das 48 indicadas para comercialização inicial no exterior, por ter maior potencial de mercado, ele concluiu 46 devem ser vendidas juntamente com a residência e outras 875 que serão oferecidas ao mercado nacional. O juiz determinou também o valor da mansão do ex-banqueiro em 116,56 milhões de reais. Mas o imóvel só poderá ir à venda depois da finalização dos processos envolvendo a reavaliação das peças que serão vendidas com a casa e no mercado brasileiro, que deve acontecer em três meses.
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