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Na volta do recesso, PTB e PDT desembarcam da base aliada. E agosto só está começando

Os dois partidos, que juntos somam 44 deputados, romperam com a aliança governista e anunciaram posição de independência na Câmara

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 ago 2015, 22h41

No dia em que assumiu o descontrole sobre a base aliada ao fazer um apelo público pela união de forças para tirar o país da crise, o governo sofreu duas baixas na Câmara dos Deputados que devem dificultar ainda mais a governabilidade. PTB e PDT romperam com a aliança governista e anunciaram posição de independência. Juntas, as bancadas dos dois partidos têm 44 deputados.

Pouco antes da rebelião dos aliados, o vice-presidente e articulador Michel Temer fez um pedido público de socorro ao Congresso Nacional. Temer falou em união de forças e disse que é preciso que todos se dediquem para resolver os problemas do Brasil.

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O argumento do PTB e do PDT para o desembarque é semelhante: as legendas não querem mais ser responsabilizadas pela crise instalada no país. Os deputados também reclamam da falta de diálogo do governo com suas bases. “Queremos sobrevivência política. Não vamos aceitar desrespeito. O governo tem que ter parceiros, e não agregados”, disse o líder do PTB, deputado Jovair Arantes (GO). “Está nos constrangendo a postura política (com) que o governo trata o Congresso”, afirmou o líder do PDT, deputado André Figueiredo.

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Os dois partidos ocupam cargos no alto escalão. O PTB está à frente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), enquanto o PDT comanda o Ministério do Trabalho. Nos bastidores, fala-se que o PP, hoje no comando da Integração Nacional, também demonstra interesse em adotar a posição de independência. Em algumas matérias, a legenda já vem votando contra o governo.

O estopim para a saída de petebistas e pedetistas da base aliada se deu em reunião de líderes na tarde desta quarta-feira. Ao tentar barrar a projeto que aumenta o salário de algumas carreiras públicas, como a da Advocacia-Geral da União, o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), irritou os deputados ao sugerir uma manobra que iria acabar inviabilizando a matéria. De forte apelo popular, a proposta tem o respaldo dos partidos aliados. “O governo apenas reage. Não trabalha o planejamento com o tempo nem o impacto das matérias”, disse um deputado que esteve no encontro, que relatou ainda a tensão entre os parlamentares.

Depois do anúncio do rompimento, Guimarães decidiu retirar o pedido de adiamento da votação da matéria para o fim do mês. E jogou sobre o Parlamento a culpa sobre um possível desajuste na economia causado pelo texto: “As responsabilidades são do Congresso, que não atendeu apelo do governo”, disse. O petista afirmou ainda que tentará recompor a base: “Temos de botar o pé na estrada. O ajuste agora é político”, continuou. Guimarães criticou a falta de fidelidade e sinalizou que pode haver trocas ministeriais entre os partidos que não acompanham o governo.

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