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Na Rocinha, a estratégia é evitar a fuga em massa dos bandidos

Polícia prende comparsas do traficante Nem em vários pontos do Rio. Planejamento, por enquanto, tem impedido chefes do tráfico de escapar do cerco

Por Da Redação
11 nov 2011, 17h07

Desde o início do programa que cria Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, recebe críticas pela pequena quantidade de criminosos presos. O maior exemplo dessa debandada foi a fuga em massa do Complexo do Alemão, transmitida ao vivo pela TV Globo e que chocou o Brasil, pelas centenas de criminosos escapando a pé e amontoados em uma picape. A crítica dos especialistas em segurança à ação no Alemão, ocorrida em novembro do ano passado, foi a de que deixou-se um “flanco” aberto, com possibilidade de escape dos alvos da ação. Falha de planejamento ou não, o fato, no Alemão, é que a corrida dos bandidos evitou um derramamento de sangue, pois ninguém tinha exata noção de para onde evoluiria um confronto entre militares e bandidos, todos empunhando armas de guerra.

O planejamento da operação para ocupar a favela da Rocinha, na zona sul do Rio, foi diferente. E o capítulo emblemático do sucesso dessa estratégia foi a captura do bandido Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, que chefiava a quadrilha dos Amigos dos Amigos (ADA) naquela área da cidade.

Para azar dos bandidos, a ação da polícia na Rocinha não poderia pecar pela mesma falta de controle ou pelo “desleixo” pensado do Alemão. Na zona norte, os criminosos escaparam para um descampado, que desembocava em outras favelas. Na Rocinha, o caminho natural de fuga passa pelo bairro da Gávea, onde estão residências de classe média alta, a universidade particular mais cara do Rio – a PUC-RJ.

Os criminosos, com a aproximação do cerco, tentaram escapar. E, aos poucos, foram capturadas algumas figuras centrais do tráfico da Rocinha. Ainda na tarde de quarta-feira, foram presos Anderson Rosa Mendonça, conhecido como Coelho, chefe do tráfico no morro de São Carlos, e Sandro Luiz de Paula Amorim, o Peixe. Coelho é apontado como um dos principais aliados de Nem.

Ao longo desta sexta-feira, dois acusados de tráfico morreram e nove foram detidos em operações da PM naz zonas norte e oeste da cidade. Entre eles estão figuras importantes da quadrilha de Nem. Na Vila Vintém, na zona oeste, Jurandir Silva Santos, o Parazinho, de 38 anos, foi um dos presos. Ele é apontado como o homem que controlava a refinaria de cocaína montada pela quadrilha na Rocinha. Parazinho estava com um fuzil.

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