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Na Amazônia, Marina diz que questão ambiental ‘andou para trás’

Agenda da candidata do PSB tenta compensar a ausência na Cúpula do Clima

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 set 2014, 20h15

Após desistir de participar da Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), encontro que reunirá grandes chefes de Estado em Nova Iorque na próxima semana, a candidata à Presidência pelo PSB, Marina Silva, destinou a agenda deste domingo para visitar Manaus e proferir discursos voltados contra a política da presidente Dilma Rousseff na área ambiental. Para Marina, o governo da petista não deu sequência às conquistas obtidas enquanto ela esteve à frente do Ministério do Meio Ambiente, como o plano de proteção para a Amazônia, o que levou o país a um retrocesso. Uma das principais defensoras da causa verde, Marina Silva cancelou a ida ao evento da ONU para priorizar seu projeto eleitoral.

“A atual presidente, a medir pelos retrocessos na agenda da conservação e do desenvolvimento sustentável, sinaliza que não acredita que as mudanças climáticas sejam efetivamente um problema real. No seu governo, ela adotou medidas que nos fazem andar para trás. O desmatamento da Amazônia voltou a crescer depois de dez anos de redução, iniciada na minha gestão no ministério”, criticou a candidata.

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Marina também afirmou que o governo Dilma se omite em fazer parte do esforço global pela preservação ambiental. Segundo a ex-ministra, Dilma recusou-se a assinar um termo mundial de proteção das florestas. “Vários países, mais de trinta, vão ser signatários dessa declaração. O Brasil é um país mega florestal, não faz sentido o governo brasileiro não dar a sua assinatura e o seu compromisso de que irá preservar as nossas florestas”, afirmou.

Embora tenha criticado a postura da presidente sobre o evento, Marina desistiu de participar da conferência ambiental para dedicar-se à reta final da campanha. Em queda nas pesquisas, a equipe da socialista avaliou que a candidata não poderia abrir mão de três dias para dedicar-se a eventos que não estariam diretamente vinculados à eleição. Questionada pelo site de VEJA se não avaliava que sua presença seria importante para pressionar por mudanças nas políticas ambientais que defende, Marina disse que “não tem função institucional” e pode apresentar suas propostas “de qualquer lugar”.

Neste domingo, Marina buscou mostrar-se flexível com o agronegócio, setor que tem conhecida resistência a ela, e afirmou que “há lugar para todos no Brasil”. “É possível crescer nesse setor que é o mais forte da nossa economia gerando empregos verdes e combatendo a degradação ambiental”, disse. Entre as propostas apresentadas, a candidata prometeu o aumento da proporção de energia renovável na matriz energética, a recuperação da vitalidade da produção de biocombustíveis e a implantação das concessões florestais com fins energéticos.

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Na floresta – No evento deste domingo, Marina se sentiu “em casa”. A candidata pelo PSB deu início à agenda no Museu da Amazônia, área da floresta que reúne diversas espécies de árvores e exposições de animais da região. A candidata andou por entre as trilhas, ouviu explicações sobre as plantas e participou de ato ao lado de ambientalistas, que lhe entregaram uma série de reivindicações para o setor. Aos expositores, Marina foi apresentada como a “mulher da floresta”.

Em uma adaptação à Lei da Ficha Limpa, que proíbe a eleição de políticos condenados na Justiça, Marina aderiu ao movimento Ficha Verde, do qual também faz parte o candidato ao governo do Amazonas pelo PSB, Marcelo Ramos. “Tem o Ficha Limpa para combater a corrupção e tem o ficha verde para combater a degradação ambiental”, comparou.

No Amazonas, Marina busca conquistar o eleitor manauara, que ainda tem preferência pela presidente Dilma. Esta foi a primeira – e possivelmente a última – agenda da candidata na região Norte do país desde que assumiu a disputa presidencial.

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