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MP abre inquérito sobre ‘maratona do álcool’ em Bauru

Realizada sem aval de autoridades, festa registrou a morte de um jovem e outros três seguem internados por uso excessivo de álcool

Por Da Redação
3 mar 2015, 13h37

O Ministério Público Estadual abriu inquérito para apurar as condições da festa em que um estudante morreu por abuso de álcool – outros três passaram mal e seguem internados. Humberto Moura Fonseca, de 23 anos, morreu após ingerir aproximadamente 25 doses de vodca em uma competição para eleger quem bebia mais. Para o MP, a festa era clandestina, pois não tinha alvarás para ser realizada.

O inquérito foi aberto pelas Promotorias dos Direitos do Consumidor, da Arquitetura e Patrimônio e da Criança e do Adolescente. Esta não é a primeiro investigação relacionado ao tema: desde novembro, o MP de Bauru apura a realização de festas clandestinas na cidade. Duas delas chegaram a ser canceladas por liminares obtidas pelo próprio MP na Justiça.

“Estamos mapeando essas festas porque os organizadores não cumprem a legislação necessária para este tipo de evento”, disse o promotor Libório Nascimento. “Mas abrimos um inquérito exclusivo para a festa de sábado, porque houve uma morte, e pessoas foram internadas.”

Segundo ele, a intenção é zelar pela segurança dos frequentadores. “Temos suspeita de que houve dano moral coletivo e vamos pedir indenização na esfera cível”, afirmou. De acordo com o promotor, além de ouvir participantes, organizadores e outras testemunhas, o MP quer saber qual a participação de empresas de bebidas no patrocínio do evento. Durante a competição em que passaram mal, os estudantes estavam vestidos com abadás com a propaganda da Skol. “Alguém certamente estava lucrando com a festa”, afirmou. Em nota, a Ambev não explicou o uso dos abadás, limitando-se a lembrar que recomenda o consumo consciente.

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“Não podemos impedir as pessoas de se confraternizarem, mas é preciso que haja segurança para isso. As festas estão sendo realizadas sem que os organizadores cumpram o regulamento, como vistorias de bombeiros, sem brigadas de incêndio, sem ambulâncias para socorrer adequadamente as pessoas, sem alvarás judiciais, do Corpo de Bombeiros, da prefeitura e até do Juizado de Menores”, argumentou o promotor. “É um negócio clandestino, pois há cobranças de ingressos e alguém lucra com esses eventos, embora não garanta a segurança dos frequentadores”, completou.

A Unesp quer punir os estudantes que organizaram a festa. Segundo a universidade, “a assessoria jurídica já foi acionada para verificar a melhor forma de averiguar os fatos e apurar as responsabilidades”, diz nota. A Unesp ainda lembrou que há anos realiza palestras sobre uso de álcool e outras drogas, fornece programas contra os abusos, presta serviço psicológico gratuito, além de preparar ações de conscientização para os estudantes e distribuir materiais impressos alertando sobre o problema.

(Com Estadão Conteúdo)

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