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MP denuncia canibalismo em Pedrinhas, no Maranhão

Presos de facção criminosa mataram colega, esquartejaram o corpo em 59 pedaços e comeram o fígado, assado em brasa

Por Da Redação
20 out 2015, 15h04

Depois de quase dois anos de investigação, o Ministério Público do Maranhão concluiu que o desentendimento entre um preso e integrantes de uma facção criminosa terminou em canibalismo no presídio de Pedrinhas, em São Luís (MA). O caso foi denunciado à Justiça pelo promotor Gilberto Câmara, da 12ª Promotoria de Justiça de Substituição Plena, no último dia 13. O presídio é conhecido internacionalmente pela barbárie que abriga em seus muros.

O caso se deu em dezembro de 2013, na Cela 1, Bloco C do Presídio São Luís 2 (PSL 2), uma das oito casas que compõem o Complexo Penitenciário. Segundo o promotor, Edson Carlos Mesquita da Silva foi morto a facadas pelos companheiros de cela Geovane Sousa Palhano, o Bacabal; Samyro Rocha de Souza, o Satanás; Joelson da Silva Moreira, o Índio, que já está morto; e um homem não identificado, que consta nos autos como “Indivíduo X”.

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O corpo foi, então, esquartejado em 59 pedaços. As partes foram banhadas com sal, para retardar a decomposição da carne e disfarçar o odor, e espalhadas pelo presídio. Depois, o fígado de Silva foi retirado, assado na brasa e ingerido pelo grupo. De acordo com o promotor, a ação foi orquestrada pelos líderes da facção Rones Lopes da Silva, o Rony Boy; e Enilson Vando Matos Pereira, também conhecido como Matias ou Sapato. Ainda não há informações sobre a situação atual de todos os envolvidos. Isso só será possível depois que a Justiça acatar a denúncia, o que deve ocorrer ainda nesta semana.

A história macabra só começou a ser esclarecida meses depois da abertura do inquérito, quando surgiu uma testemunha-chave. “O que ela contou bate com os laudos e isso foi determinante para que fechássemos a história”, conta o promotor. No entanto, de acordo com Câmara, a maior dificuldade para concluir a investigação foi a identificação do corpo. “A principio não se sabia nem quem era. Houve uma confusão, achavam que era outro preso, mas no decorrer do processo a vítima foi identificada como Edson Carlos Mesquita da Silva”, disse.

O reconhecimento só foi possível por causa de uma tatuagem que o preso possuía. “As partes [do corpo] foram juntadas pela perícia. Descobriu-se a frase ‘Vitória razão do meu viver’. Vitória é uma filha da vítima. A tatuagem foi feita em homenagem a ela”, disse o promotor. O reconhecimento foi feito pelo cunhado de Silva. A identidade foi confirmada posteriormente por dois laudos.

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