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MP denuncia 43 por narcotráfico no Porto de Santos

Acusados podem pegar até 33 anos de prisão por tráfico internacional e organização criminosa; eles foram alvos da Operação Oversea, da Polícia Federal de Santos

Por Eduardo Gonçalves e Felipe Frazão
Atualizado em 10 dez 2018, 09h53 - Publicado em 21 jul 2014, 20h09

O Ministério Público Federal em Santos, no litoral paulista, denunciou nesta segunda-feira 43 pessoas acusadas de integrar quadrilhas que montaram um esquema de tráfico internacional de cocaína no Porto de Santos, maior terminal do país. Os suspeitos foram flagrados na Operação Oversea, da Polícia Federal (PF), que apreendeu 3,2 toneladas de cocaína ao longo de um ano de investigação. As remessas da droga tinham como destino países da Europa, África e América do Norte.

Entre os 43 denunciados, 25 já estavam presos. Se a Justiça Federal aceitar a denúncia, os acusados responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e constituição de organização criminosa.

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A Operação Oversea foi deflagrada no fim de março em conjunto com a Operação Hulk, que também investigava a atuação de quadrilhas exportadoras de cocaína, mas com base no interior paulista. Em relação à Operação Hulk, o MPF denunciou nove pessoas em maio deste ano. As duas operações tinham como alvo comum um funcionário da zona portuária que trabalhava para as quadrilhas, facilitando a embarcação da droga.

A cocaína era escondida dentro de malas acondicionadas em contêineres, que transportavam cargas como soja, couro e café para várias partes do mundo. Funcionários de empresas privadas que atuam em armazéns na zona portuária eram cooptados pela quadrilha para embarcar os tabletes de cocaína, burlar a fiscalização e escolher os navios que transportariam a droga até o destino combinado entre traficantes brasileiros e estrangeiros. A PF não encontrou vínculos dos donos das empresas com o esquema.

Nas duas operações, a PF deteve ao menos setenta criminosos e apreendeu 3,7 toneladas de cocaína e 21 armas. Mais de 1,3 milhão de diálogos foram interceptados desde o início das investigações, em março do ano passado. Pela dimensão das apreensões, que representam 10% de toda a cocaína apreendida no Brasil em 2013, a PF considerou as operações como as maiores já registradas em São Paulo.

Os investigadores também descobriram que pequenos traficantes da Baixa Santista ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) tinham contato direto com integrantes da quadrilha internacional, cujos fornecedores enviavam a droga da Bolívia e da Colômbia. Além do Porto de Santos, ramificações do grupo escoavam a droga pelo Porto de Salvador.

https://www.youtube.com/watch?v=ihPKpRTrEdI

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