Movimentos sociais ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT) agendaram para o próximo dia 16 um protesto contra o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff acolhido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha. O ato será uma espécie de contraponto à manifestação agendada pelos grupos pró-impeachment para três dias antes, em 13 de dezembro. A Avenida Paulista foi escolhida como palco para as duas manifestações. O movimento pró-Dilma foi organizado, sob a batuta do ex-presidente Lula, pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento Sem Terra (MST), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a Central de Movimentos Populares (CMP) e por partidos PCdoB e PSOL, além do PT. Eles se dividiram em duas vertentes chamadas de Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo.
Lula participou nesta segunda-feira de um evento organizado pela CUT na sede do sindicato dos Bancários. O objetivo era justamente definir as estratégias de mobilização. O petista chegou a pedir uma trégua aos movimentos, que fazem fortes críticas à política econômica do atual governo, para se unirem contra o pedido de impedimento da presidente. No entanto, a julgar pelas postagens nas redes sociais, os grupos não acataram o pleito de Lula. “Todos na rua contra o impeachment e o ajuste fiscal”, publicou o MTST em sua página no Facebook. (Eduardo Gonçalves)